A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), o Instituto Pensar Agro (IPA) e a Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) iniciaram, ontem, discussão técnica com cerca de 50 entidades do setor rural para construir uma agenda única para o agro. O encontro faz parte da primeira etapa para engajar todas as entidades representativas do segmento na elaboração de uma pauta que será construída em consenso. Depois disso, outros setores da economia serão envolvidos no debate e, por fim, as reivindicações prioritárias serão apresentadas aos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário.
Na abertura, o presidente da CNA, João Martins, destacou a importância da iniciativa em busca do entendimento único na elaboração das propostas prioritárias. “Nós temos um Congresso Nacional renovado e, então, precisamos levar subsídios para discutir os temas da agropecuária”.
Em seu discurso, João Martins falou do bom entendimento entre as instituições do setor e destacou a importância do papel das entidades que integram o Conselho do Agro na elaboração da pauta conjunta.
Para a gerente de Relações Institucionais da OCB, Fabíola Nader Motta, um setor cada vez mais organizado saberá aonde quer chegar e irá apresentar as pautas aos tomadores de decisão.
Alexandre Schenkel, presidente do Instituto Pensar Agro, afirmou que esta iniciativa vai agregar cada vez mais o setor no intuito de somar esforços. “Precisamos estar alinhados para não gastar a mesma energia duas ou três vezes”.
Os consultores da CNA, Nilson Leitão (ex-deputado federal) e Nelson Fraga, e o diretor-executivo do IPA, João Henrique Hummel, explicaram os objetivos deste primeiro encontro e como as entidades do agro vão se unir para definir a agenda comum.
Na sequência, o chefe da assessoria jurídica da CNA, Rudy Ferraz, falou sobre a importância de construir uma agenda também junto ao Poder Judiciário. O superintendente técnico da Confederação, Bruno Lucchi, traçou um panorama do agro e falou sobre o trabalho da área técnica para atender os interesses dos produtores rurais.
Já o presidente executivo da Associação Brasileira dos Produtores de Milho (Abramilho), Alysson Paulinelli, afirmou que o momento de se construir a agenda única é extremamente oportuno em razão do atual governo.
Na última parte da programação, foi a vez das entidades setoriais apresentarem temas de interesse para a construção da agenda. Os integrantes também debateram os gargalos e os desafios de cada cultura. A informação é da assessoria.