A infestação de plantas daninhas nas lavouras de soja interfere no crescimento e no desenvolvimento da planta e afeta os resultados de produtividade. Além disso aumenta os custos de produção, dificulta a ação da colhedora, desgasta peças da máquina, favorece o ataque de insetos e afeta o valor comercial do grão. Produtor que não quer ter prejuízos com plantas indesejáveis em suas lavouras deve fazer com eficiência o manejo na pré-semeadura. De acordo com Paulo César Timossi, da Universidade Federal de Goiás (UFG), foi alta a ocorrência de plantas daninhas na safra 2018/19 principalmente no momento da colheita da soja.
“O manejo dessas plantas com sistemas integrados é uma das principais ferramentas para controlar o problema. Outra é o cultivo de plantas de cobertura o qual deve ser encarado como uma cultura. Pesquisas realizadas mostram que a rotação de culturas é primordial para rotacionar os herbicidas com diferentes mecanismos de ação”, afirmou o especialista, durante palestra no Encontro Técnico Soja Fundação MT, que termina amanhã, em Cuiabá.
Segundo o pesquisador, a dificuldade no manejo de plantas daninhas em área de produção foi um dos fatores limitantes da produtividade da soja na safra passada. “As plantas daninhas consideradas de difícil controle, como o capim-amargoso e buva, possuem características morfoanatômicas que impedem a absorção dos herbicidas em concentração suficiente para causar a morte dessas espécies. Uma das propostas apresentadas seria o estabelecimento de programas de manejo em sistemas de produção”.
Autieres Farias, pesquisador da Fundação de apoio à Pesquisa Agropecuária de Mato Grosso acrescentou que,“das áreas que visitamos identificamos que quando se faz um bom planejamento de manejo desde adubação, plantio, variedade e controle químico de plantas daninhas, pragas, doenças, com uma boa tecnologia de aplicação e com controle no momento certo, os resultados de produtividade foram bons. Não tem como abrir mão de nenhuma das recomendações técnicas para plantar e colher bem.”
Ele recomendou que todas as boas práticas agronômicas aliadas com um sistema de manejo integrado promovem o desenvolvimento saudável da soja e ajudam a planta a atingir o seu potencial produtivo. “Estratégias de rotação de culturas por uma ou duas safras com outras culturas, possibilitam a manutenção de patamares produtivos altos das lavouras”.
A informação é da assessoria.