O governador de Mato Grosso, Mauro Mendes (DEM), não descartou cortar recursos da Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat) da mesma forma que promete o governo federal do presidente Jair Bolsonaro (PSL) com as universidades e institutos federais. Ontem, durante uma inauguração de obra, o governador explicou que já faz ações “silenciosas” e que se a economia nacional não melhorar, como apontam os indicadores, terá que reduzir mais gastos do Estado.
“Estamos tomando várias medidas de maneira silenciosa. Eu não sou uma pessoa que gosta de ficar tomando medidas espetaculosas, faço, no dia a dia, medidas importantes de cortes de gastos e de redução de despesas, tanto que já é perceptível para muitos setores que o governo já melhora o seu desempenho mesmo no momento de crise, mesmo pegando R$ 3,5 bilhões de restos a pagar. Nós temos que acompanhar a evolução da economia brasileira e já existe um sinal claro de que o PIB está em franco declínio esse ano. Se isso realmente se confirmar, como vem se confirmando os primeiros meses, isso vai afetar profundamente a arrecadação. Entrando menos dinheiro, nós teremos que cortar mais despesas”, declarou o governador ao ser questionado diretamente sobre os cortes na Unemat.
A Unemat aderiu à greve das universidades federais, que reclamam dos cortes de 30% no orçamento. Hoje serão feitos vários protestos nos campi da Universidade Estadual em solidariedade aos cursos federais. Sem se referir diretamente aos protestos da Unemat, o governador declarou que o problema é de economia nacional e que reclamações não vão resolver os problemas.
“Não adianta espernear, não adianta fazer protesto. O que nós temos que fazer é trabalhar com seriedade e aprovar as reformas”, acrescentou Mauro Mendes.