A Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores, a Fenabrave apontou que de janeiro a abril foram vendidos 1,3 mil caminhões e ônibus em Mato Grosso, um aumento de 41,5% nos emplacamentos se comparado com o mesmo período do ano passado. Neste segmento, a maior parte das vendas se refere a caminhões com 1.184 unidades vendidas. No geral, a venda de veículos novos também foi superior, foram 33.658 unidades vendidas nesse período, o que representa aumento de 16,1%, se comparado com as 28.987 unidades licenciadas no mesmo período de 2018.
Nos automóveis e comerciais leves, houve alta de 9,5% sobre mesmo período do ano passado, com mais de 15,5 mil unidades emplacadas. Já o setor de duas rodas elevou as vendas em 16,1% ao emplacar 13,8 mil motos.
Em abril, foram emplacados 9.455 veículos, 17,4% acima do volume registrado no mesmo mês do ano passado, com 8.051 licenciamentos. Na comparação com março deste ano, quando foram licenciadas 8.202 unidades, houve um acréscimo de 15,28%.
Do total comercializado no quadrimestre, 15.572 são dos segmentos de automóveis e comerciais leves, que registraram forte crescimento de 9,55% perante igual período do ano passado, quando foram licenciadas 14.215 unidades. Esse segmento representa 46,2% da participação nas vendas gerais. “A maioria das marcas cresceu e poucas registraram baixas. No geral, o mercado continua em recuperação”, comentou Edson Mai, diretor de um grupo de concessionárias.
Em seguida, destaca-se a comercialização de motos com 41% do mercado em Mato Grosso. Com apenas 3,88% de participação no mercado, as vendas de caminhões, que crescem 41,5% no acumulado do ano, é um bom indicativo de um agronegócio pujante, setor que mais adquire esses veículos.
Para o diretor regional da Fenabrave em Mato Grosso, Paulo Boscolo, “o mercado segue a expectativa de crescimento. Destaca que a redução na inadimplência, aliada à queda da taxa de juros, vem favorecendo o setor”.
Boscolo explicou, por meio da assessoria, que há uma migração do comércio de veículos para as vendas fechadas diretamente com as montadoras, o que preocupa as concessionárias. Esta modalidade chamada de venda direta de veículos consiste na comercialização entre a fábrica e o interessado no automóvel. Os negócios, na maioria das vezes, tem a intermediação da concessionária. Ainda assim, a nota fiscal sai da fábrica direto para o consumidor final. “A venda direta reduz o faturamento das lojas de veículos 0 km, redimensiona as lojas e reduz mão-de-obra. Em médio prazo, há o temor de que ocorra a redução no número de concessionárias”, avaliou Boscolo.
Ele complementa que o aumento das vendas diretas reflete uma mudança de hábito do consumidor e ‘segura’ os resultados das montadoras. “Algumas lojas e em alguns meses, as vendas diretas alcançam 40%. A modalidade abrange, principalmente, a venda para PCD (pessoas com deficiência), frotistas, locadoras e empresas de todos os portes, mas também agricultores”.