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Sinop: prefeitura contrata pediatra para UPA e manda reforços para unidades básicas de saúde

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Redação Só Notícias (foto: assessoria/arquivo)

A prefeita Rosana Martinelli (PR) confirmou, ao Só Notícias, que autorizou a imediata contratação de mais um pediatra para atender na Unidade de Pronto Atendimento (UPA), além de reforço de médicos nas unidades básicas de saúde. A medida segundo a gestora está sendo tomada para amenizar a sobrecarga de pacientes, especialmente na UPA, em decorrência da espera por vagas e a não transferência pelo Estado para unidades hospitalares de média e alta complexidades.

Atualmente, três pediatras já atendem na UPA. Agora, passarão a ser quatro. Já nas Unidades Básicas de Saúde (UBS’s), o reforço às equipes será assegurado mediante posse de médicos aprovados em concurso público e que foram convocados pelo Município no início de abril. Passada a etapa de apresentação de documentos, os profissionais já devem iniciar os trabalhos nas unidades ainda neste mês.

Dos nove médicos aprovados, oito serão distribuídos entre as UBS’s, considerando o fluxo de pacientes das unidades, e um para a UPA.

“Desde de 2017, estamos lutando de forma incansável por melhorias na Saúde de Sinop, mas precisamos da contrapartida do Estado. Já temos realizado vários atendimentos de média complexidade e temos reforçado constantemente o pedido para que o Estado atenda os pacientes de alta complexidade, que são os casos cardíacos que precisam de cirurgia e UTI pediátrica. Estamos fazendo nossa parte, mas vamos reforçar ainda mais. Por isso, vamos colocar mais um pediatra na UPA, sendo que já temos três. Convocamos os médicos de concurso para as UBS’s e, agora, vamos fazer exames. Isso lembrando ainda as 600 cirurgias que já anunciamos”, destacou a prefeita.

Conforme Só Notícias já informou, na semana passada, duas crianças morreram na Unidade de Pronto Atendimento. Isis Emanuelly Cardoso, de 1 ano e dois meses morreu no último sábado, após dar entrada na UPA com suspeita de pneumonia. Cinco dias antes, uma menina indígena, recém-nascida, com menos de um mês de idade, que estava UPA com suspeita de meningite. Ambas tinham liminares judiciais obrigando transferência para UTI, mas não foram cumpridas pelo Estado.

Conforme Martinelli, o número de pacientes internados na UPA varia diariamente entre 35 e 50, sendo casos de urgência e emergência (alta complexidade) todos regulados. Isto é, eles já constam no sistema estadual, mas aguardam a transferência pelo Estado. “A UPA de Sinop não é um hospital. Precisamos de ajuda do Estado”, alertou a prefeita.

Outras ações que possibilitarão melhoras nas demandas de Sinop e Região são as 600 cirurgias para pacientes regulados no município, sendo 200 na especialidade de otorrino, 200 ginecológicas e 200 gerais (histerectomia, vesícula, hérnia e retiradas de miomas).

O município também iniciou o processo de agendamento de exames de densitometria óssea. Estarão à disposição 1.620 exames, sendo 322 para pacientes de Sinop e o restante dividido entre os 30 municípios da região norte de Mato Grosso.

Além de cirurgias e exames, o secretário municipal de Saúde Gerson Danzer lembra que o município não tem medido esforços nem investimentos para a saúde, assumindo todas as responsáveis que lhe são atribuídas. A Saúde, conforme estipula a Constituição, é executada de forma integrada entre União, Estado e Município. “No início deste ano já foram contratados dez médicos residentes e inseridos aos atendimentos das UBS’s. Só no ano passado, o Centro de Especialidades Médicas realizou 36 mil consultas. Essas ações evidenciam ainda mais Sinop como pólo regional de saúde e é uma referência. Muitos municípios da região que não tem determinado procedimento acabam trazendo pacientes para serem atendidos aqui. Precisamos que o estado atenda à alta complexidade, o município sozinho não consegue tudo”, alertou Danzer.

Investimentos

Segundo a assessoria do município, no ano passado, a prefeitura investiu em saúde duas vezes mais que o exigido em Lei. Foram R$ 110,1 milhões. Deste total, quase R$ 86 milhões foram em recursos próprios, ou seja, 33,59%. A Lei obriga o município a investir 15%. Na assistência hospitalar e ambulatorial foram aplicados R$ 50 milhões e na atenção básica nas Unidades Básicas de Saúde outros R$ 37,6 milhões.

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