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Na democracia esperança é a última que morre

Wilson Carlos Fuáh
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O grande teatro da vida é composto de pessoas que diariamente busca um lugar ao sol, e diariamente estão a partilhar sonhos e trabalhando para realizar objetivo, respirando e ingerindo os mesmos venenos dos agrotóxicos ou fazendo parte da massa desesperada que seguem no movimento de ida e vida no frenético do trânsito da cidade.

E durante as eleições, esses cidadãos trabalhadores são obrigados a participar com o seu voto, mas o importante é saber que tudo na vida envolve política, pois é através da política, que optamos pela melhor escolha, e que de eleição em eleição, é que gerará a perspectiva de melhorar o transporte, minimizar a violência e projetar um sistema público educacional que democratize o saber.

Tudo começa errado na política, pois como é possível explicar aos jovens nesta cidade do Senhor Bom Jesus de Cuiabá, jovens esperançosos e cheios de expectativas de melhorar a sua vida, por isso, ralam estudando e trabalhando, e depois de formado, buscam fazer sua especialização, mestrado e doutorado, como explicar a eles, que neste país tudo é assim, porque tudo está invertido, pois para participar de um concurso para o menor cargo público, como o de Gari, exige-se o grau de escolaridade e referências, mas para os cargos mais importantes da nação e dos estado, de Secretario, Ministros e Superintendentes são de livre nomeações. Esses cargos cobiçados pelos políticos são os chamados Cargos de Confiança, que sua ocupação vem da indicação política, não se exigem nenhuma formação, basta estar apenas filiados e ser amigo do Rei, é por isso, que existem muitos integrantes do meandro político seguindo pelos descaminhos e dando muito trabalho ao MPF e a PF.

Após a pose ficamos a assistir durante os 100 dias iniciais de um governo eleito, um administrador “chorão”, que diferentemente na campanha e dos debates, onde exibia o poder de alguém que sabia tudo e dava até receita para tudo, desde remédio para a infelicidade e até modelo de gestão, mas o grande responsável é o próprio povo, que tem memória curta e esquecem até o nome de quem votou na eleição passada, mas apostado no novo e enche o peito de esperança e em busca da mudança segue para a “Zona” Eleitoral, e vota no candidato cheio de lábia, vota num político carreirista especializado em enganação e que durante o mandato estará doutorando em desvios de recursos públicos, por isso que a corrupção no país tornou-se endêmica na atividade pública.

Mas, após as eleições fica a verdade das urnas, e esta sempre chega atrasada, pois os resultados só acontecem, depois da posse e fica bem definido com o início da administração.

Depois que tudo já aconteceu, só restará ao povo, chorar as dores do arrependimento, se nada está acontecendo como esperava, mas a democracia tem esse poder de facultar ao povo, a possibilidade de mudanças, e de voto em voto, o povo vai aprendendo a votar, e a cada eleição podemos dizer bem alto aos quatro cantos do mundo democrático, assim: “ a esperança é a ultima que morre”.

Wilson Carlos Fuáh – É Especialista em Recursos Humanos e Relações Sociais e Políticas.
[email protected]

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