Policiais federais cumprem, hoje, mandados de busca e apreensão também na secretaria estadual de Meio Ambiente em Mato Grosso na Operação Arquimedes, deflagrada em 8 Estados (Acre, no Amazonas, em Minas Gerais, São Paulo, no Paraná, Roraima e em Rondônia) além do Distrito Federal. Ao todo a justiça expediu 109 mandados de busca e apreensão, 23 mandados de prisões preventivas, 6 temporárias. A operação é comandada pela PF do Amazonas para desarticular esquema extração ilegal de madeira. Houve a autorização no bloqueio de R$ 50 milhões nos CNPJs das empresas investigadas e outras 18 medidas cautelares.
Em Mato Grosso foi cumprido um mandado de busca e apreensão pela Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Sema), onde foram recolhidos planos de manejo de duas fazendas na região de Colniza (1 mil km de Cuiabá).
A corrupção é, em tese, praticada por servidores de órgão ambiental estadual, engenheiros florestais, detentores de planos de manejo e proprietários de empresas madeireiras. A PF atua em duas principais frentes de investigação criminal, por meio de dois Inquéritos – sobre a extração, exploração e comércio ilegais de madeira e sobre a corrupção entre servidores de órgão ambiental estadual, engenheiros florestais, detentores de planos de manejo e proprietários de empresas madeireiras.
Ainda, a operação marca o início da utilização de uma ferramenta tecnológica de imagens de satélite, que possibilita à PF identificar novos focos de desmatamentos quase que diariamente, o que resultou numa melhor fiscalização e no aumento das ações in loco.
A operação já apreendeu em dezembro de 2017 mais de 400 contêineres no porto em Manaus, contendo aproximadamente 8.000 m³ de madeira em tora com documentação irregular, que pertenciam a mais de 60 empresas de madeira. A madeira tinha como destino o mercado doméstico e internacional, sendo 140 contêineres destinados à exportação para países da Europa, Ásia e América do Norte.
Os investigados responderão, dentro das suas condutas, pelos crimes de falsidade ideológica no sistema DOF, falsidade documental nos processos de concessão e fiscalização de PMFS (Plano de Manejo Florestal Sustentável), extração e comércio ilegal de madeira, lavagem de bens, direitos e valores, corrupção ativa e passiva e de constituição de organização criminosa, informa a assessoria da PF.
Em instantes mais detalhes
(Atualizada às 11h16)