O potencial de fosfato na região Sul do estado é foco de estudos do Serviço Geológico do Brasil (Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais – CPRM), empresa vinculada ao Ministério de Minas e Energia. O diretor de geologia e recursos minerais da companhia, José Leonardo Andriotti, disse, no 1º Fórum ‘Panorama do Setor Mineral no Estado, ontem, na Fiemt, que há “convênio firmado com o governo do Estado, que está ativo. O Brasil é um país agrícola que importa cerca de metade do fosfato e mais de 90% do potássio que consome. Então, estamos fazendo os estudos necessários para viabilizar áreas com esses recursos”.
Segundo o diretor da Federação das Indústrias de Mato Grosso, Cleverson Cabral, o Estado produz mais de 10% da produção brasileira de ouro, quase 90% da produção de diamantes, 1,5 milhão de tonelada de cimento e é o maior produtor de calcário. Ele destaca que há entraves que impedem o desenvolvimento do segmento que precisam ser solucionados.
“Tem quatro anos que ocorreu a audiência pública em Aripuanã ( 700 km a Noroeste de Cuiabá) sobre a instalação de uma mineradora, mas só ao final do ano passado saiu a licença prévia. Contudo, é necessária a licença trifásica: a prévia, de instalação e de operação. É um projeto que vai gerar mais de mil empregos diretos e percorre uma lentidão que prejudica. Naturalmente, o meio ambiente deve ser respeitado. Queremos desenvolvimento sim, mas com sustentabilidade”, destacou Cabral, que também é o presidente do Conselho de Meio Ambiente da Fiemt.
Para o gerente regional da Agência Nacional de Mineração (ANM-MT), Serafim Melo, os debates realizados ao longo do fórum foram importantes para o desenvolvimento do segmento. “Necessitamos muito falar de mineração ’25 horas’ por dia. Temos que aproveitar essa oportunidade para focar enfaticamente as nossas necessidades imperiosas para que o setor se desenvolva. Sem mineração não tem indústria, sem indústria não tem o agro, e sem o agro não tem vida”.
“Mato Grosso é alvo de nossas prioridades e atribuições. O Ministério de Minas e Energia tem provocado a mineração, uma atividade que é 4% do PIB e precisa estar na prioridade do governo e essa nova gestão tem isso como estratégia”, afirmou o diretor do departamento de desenvolvimento sustentável na mineração do Ministério, Gabriel Mota Maldonado
Também participaram do evento o diretor da Faculdade de Geociências da a Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), o presidente da Companhia Mato-Grossense de Mineração (METAMAT), a assessora internacional do Gabinete de Governo de Mato Grosso, Ariana de Oliveira, informa a assessoria da federação.