A prefeita de Sinop, Rosana Martinelli (PR), se reuniu, hoje, com o governador Mauro Mendes. A gestora expôs ao chefe do Poder Executivo estadual a situação de superlotação da Unidade de Pronto Atendimento (UPA), de responsabilidade do município, mas que sofre com a falta de recebimento de pacientes por parte do Hospital Regional, que é de responsabilidade do Estado.
“Ele disse que vai falar com os secretários para que tomem as medidas e as equipes ajustem esta situação. O que ele pediu foi um tempo para ‘colocar a casa em ordem’. Afirmou que está pagando os débitos atrasados e estará regularizando a situação devagar. Sobre o hospital regional, prometeu sentar com o secretário para agilizar as vagas em um prazo mais rápido possível”, detalhou Rosana, ao Só Notícias, após sair da reunião com Mauro Mendes, que, nesta terça-feira, esteve em Sinop.
Ainda segundo Rosana, o governador justificou que falta efetivo no Hospital Regional e que as contratações, principalmente de enfermeiros e técnicos, serão providenciadas. “As cirurgias estão sendo feitas, mas, segundo ele, há um problema sério no corpo de enfermagem e técnico, que estavam tentando solucionar. A gente pediu para que isso fosse resolvido até o final do mês. Não deu prazo. De imediato, acho que não, mas acredito que, para o próximo mês, seja regularizada esta situação do hospital”.
Mesmo com as promessas feitas por Mauro, a prefeita pretende se reunir com o Ministério Público Estadual (MPE), na próxima semana, para tratar do assunto. “O município não aguenta mais ficar gastando 30% todos os anos em uma conta que não é nossa. Nos reunimos com o Ministério Público na segunda-feira e foram pedidos alguns documentos comprobatórios, que iremos entregar na próxima semana para que se chegue a uma decisão final. Estamos aguardando marcar o dia”.
Conforme Só Notícias já informou, ao menos, dez pessoas estão em estado extremamente grave na UPA e precisam ser transferidas para passar por procedimentos cirúrgicos. Entre elas, há uma criança com suspeita de meningite que precisa de tratamento intensivo.
A UPA é atualmente administrada pela Organização Social de Saúde Instituto Vida, que também oficiou o município quanto a alta demanda de casos graves internados na unidade. Mensalmente o município investe R$ 1,3 milhão na unidade. Deste valor, R$ 227,5 mil são do Ministério da Saúde e R$ 115,7 mil da Secretaria de Estado e de Saúde e o restante é custeado pela prefeitura de Sinop.