O plano de ação que tem por finalidade corrigir as falhas detectadas pela equipe técnica do Tribunal de Contas de Mato Grosso no hospital regional de Sinop foi homologado pelo Tribunal Pleno na sessão ordinária, realizada, hoje. Além de votar pela homologação, o relator do levantamento, conselheiro interino Isaías Lopes da Cunha, determinou o monitoramento do plano de ação pela secretaria de Controle Externo (Secex) de Saúde e Meio Ambiente para garantir o efetivo cumprimento das ações propostas, dentro dos prazos definidos.
No voto, em consonância com parecer do Ministério Público de Contas, da Unidade Técnica e acompanhado pela unanimidade dos membros do colegiado, o conselheiro relator observou que o Plano de Ação apresentado pelos responsáveis abordou todas as 13 inconformidades apontadas no Relatório de Levantamento. Alegou ainda que as ações propostas demonstraram ser suficientes para corrigir as falhas inicialmente apontadas.
Foram identificados como os 3 principais problemas da unidade hospitalar pelos usuários a falta de medicamentos e de materiais para realizar procedimentos e cirurgias, especialmente ortopédicas, problemas na estrutura física (portas danficadas, rachaduras, aparelhos de ar condicionado danificados, com mau funcionamento, banheiros sem suporte/barra, piso danificado) e falta de pagamento dos funcionários do hospital e de outras despesas. Essas foram as principais reclamações dos pacientes. Também foi destacada a falta de aparelhamento do hospital, bem como a falta de médicos especialistas. Na época, foi apontado que dos 28 entrevistados, 10 estavam internados aguardando cirurgias por falta de materiais ou falta de vagas (regulação). Desses, 50% entraram na justiça para agilizar e realizar a cirurgia e outros estavam indo na mesma direção. Todos os problemas na infraestrutura do Hospital apontados pelos usuários foram constatados pela equipe técnica por ocasião da fiscalização in loco.
Os responsáveis citados pelo conselheiro Isaías Lopes da Cunha são o ex-governador de Mato Grosso, José Pedro Taques, o ex-secretário de Estado de Saúde, Luiz Antônio Vitório Soares, e o então diretor-geral do hospital regional de Sinop, Eduardo Reche Souza.