O PSD do ex-vice-governador Carlos Fávaro, terceiro mais votado para a vaga ao Senado em 2018, pediu que o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) compartilhe provas do processo contra a senadora Selma Arruda (PSL) com a Procuradoria Geral da República (PGR). Ela é acusada de Caixa 2 e de abuso de poder econômico e o objetivo do compartilhamento é apurar se há crime de falsidade ideológica. Os advogados do partido também querem que sejam designados três desembargadores do Tribunal de Justiça para acompanhar o julgamento de hoje no TRE. Eles querem evitar um novo adiamento, como ocorreu ontem, sob a alegação de suspeição.
“Há, nos autos, indícios que, em tese, podem configurar práticas não apenas relativas à questão eleitoral, mas também relativas à questão penal. Ou seja, nós temos um contrato mútuo firmado entre a senadora e seu suplente em que o próprio suplente reconhece que era um contrato fictício. Isto, se confirmado, configura um crime chamado falsidade ideológica”, argumentou o advogado e ex-ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo.
Selma Arruda é acusada de praticar Caixa 2 e de abuso de poder econômico por, supostamente, fazer campanha eleitoral extemporânea e por ter pago a uma agência de marketing os serviços prestados com cheques não declarados nas prestações de contas. Além da ação eleitoral, existe uma ação de cobrança por parque do marqueteiro. Após a denúncia da empresa, Fávaro entrou com o pedido de cassação da chapa de Selma Arruda, na esperança de que uma nova eleição seja realizada em Mato Grosso e que ele possa concorrer novamente.
A senadora nega todas as acusações.