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Motoristas enfrentam dificuldades em trechos com atoleiros em rodovia no Médio Norte

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Só Notícias/Cleber Romero (fotos: divulgação)

Os trechos com atoleiros são na MT-130, que dá acesso aos municípios de Paranatinga a Santiago do Norte (381 e 630 quilômetros de Cuiabá, respectivamente). Os motoristas estão enfrentando dificuldades para conseguir trafegar e fazer o transporte da safra na rodovia com ao menos 160 quilômetros sem asfalto. O secretário de Transportes de Paranatinga, Nabor dos Reis disse, ao Só Notícias, que a via é administrada pela Associação dos Produtores da Rodovia da Economia.

“Um dos pontos mais crítico está localizado a cerca de 70 quilômetros da cidade. Essa rodovia dá acesso a Sorriso, Santiago do Norte e diversas fazendas da região. Até existe alguns desvios que aumentam o tempo de viagem em 30 a 40 quilômetros. Esses dias até cedemos um trator para ajudar a dar uma melhorada na estrada, que é de responsabilidade da associação. Ela é sem asfalto e esse ano a quantidade de chuva foi bem maior”, afirmou Reis.

De acordo com o vice-presidente da associação e presidente do Sindicato Rural de Paranatinga, Thomas Paschoal, a rodovia está crítica devido ao intenso tráfego de caminhões e carretas. “Estamos com poucos recursos financeiros para fazer a manutenção. O governo ainda não fez nenhum repasse para a associação. Estamos sem óleo diesel para trabalhar e mendigando ajuda dos produtores para fazer as melhorias. O problema se agravou ainda mais devido ao tráfego de caminhões e o volume maior de chuva. Todos os dias são em média 700 carretas transportando a produção somente do município. É um volume muito grade e a estrada não suporta”.

Paschoal explicou ainda que desde dezembro a secretaria de Estado de Infraestrutura e Logística (Sinfra) não faz os repasses para manutenção da rodovia. “Já posicionamos a Sinfra e relatamos por diversas vezes o problema. Prometeram repassar R$ 60 mil mensais e 20 mil litros de diesel, mas isso é inviável. O recurso é pouco, mas é o que prometeram. Porém, até agora, não repassaram absolutamente nada. Além disso, temos uma dívida do governo passado. Estamos há mais de 10 meses sem receber. As obras de manutenção que foram feitas são de recursos próprios dos produtores, que já estão cansados com tudo isso. O problema é antigo. Faltam 160 quilômetros de asfalto para serem concluídos. Tem 45 quilômetros que foi dada a ordem de serviço no ano passado (pelo ex-governador Pedro Taques)  e esperamos que sejam feitos”.

Outro lado
Em nota, a assessoria da secretaria de Estado de Infraestrutura e Logística informou que vai atuar na melhoria das rodovias não pavimentadas de Mato Grosso propondo parcerias com associações de produtores do agronegócio, consórcios regionais e também prefeituras.

O diálogo com os consórcios já iniciou e o governo começa a desenhar esse trabalho. Na próxima sexta-feira, durante encontro com os municípios, que acontecerá em Cuiabá. Os secretários vão se reunir com representantes das prefeituras, consórcios e associações para receber demandas e, com planejamento, definir estratégias e regiões de atuação.

Em março, o governo publicou no Diário Oficial do Estado uma PPP Social, que prevê o fortalecimento das parcerias público-privada na área de infraestrutura, celebradas entre o Estado e as associações sem fins lucrativos, consórcios intermunicipais e prefeituras.

 

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