O govenador Mauro Mendes (DEM), que manteve posição isenta durante a campanha para presidente da República e que é partidário dos presidentes da Câmara Federal, Rodrigo Maia (DEM-RJ) e Davi Alcolumbre (DEM-AP), criticou levemente a relação do governo federal com o Congresso e disse temer que o desgaste, amplamente divulgado, possa atrapalhar o socorro econômico a Mato Grosso. Mendes esteve em Brasília, nesta 3ª, para reunião com o ministro da Economia, Paulo Guedes, no Fórum de Governadores, e cobrou celeridade na análise do pacote de medidas de socorro a Mato Grosso, mas saiu decepcionado.
“Eu saí da reunião preocupado com o tempo de tramitação dos projetos no governo federal. Vimos que as coisas não estão bem em Brasília e caminhando a passo muito lento, muito diferente daquilo que precisa e seria bom para o país, para Mato Grosso e para todos nós”, lamentou.
A fala de Mendes é reflexo da relação que o presidente Jair Bolsonaro (PSL) está tendo com o Congresso, especialmente com os deputados federais, na negociação da reforma da previdência. O governo tenta emplacar o seu projeto, mas não dá sinais de que pretende negociar com os parlamentares, que ainda não aderiram ao discurso do presidente.
Rodrigo Maia e Jair Bolsonaro trocaram críticas nos últimos dias. O presidente da Câmara diz que Bolsonaro não tem conduzido a articulação política em busca de apoio/votos para aprovar a reforma da Previdência e que tem terceirizada a articulação para aliados. Bolsonaro alfinetou o presidente da Câmara e alguns parlamentares dizendo que não vai praticar a ‘velha política’.