Profissionais da rede estadual de ensino se reuniram, hoje, em assembleia geral e definiram indicativo de greve para o dia 20 de maio. Na deliberação, feita na escola professor Nilo Póvoas, em Cuiabá, também ficou definida paralisação de um dia, em 24 de abril.
De acordo com a assessoria do Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público (Sintep), o manifesto será contra “o desmonte da Educação Pública no país e em Mato Grosso”. A entidade disse ainda que, durante as duas horas de assembleia, foi registrado o “descontentamento da categoria com as práticas implementadas pela gestão Mauro Mendes”.
Segundo o Sintep, a categoria é contra o “número insuficiente de profissionais nas escolas, os recorrentes atrasos de repasses da merenda dos estudantes, as portarias que desconstroem a organização escolar, promovendo redução de matrículas, a falta de infraestrutura dos prédios e o calote na lei da RGA de 2018”.
A entidade detalhou, no entanto, que a maioria dos trabalhadores definiu por aguardar o cumprimento da campanha salarial, na data-base – maio – “para concretizar uma mobilização coesa, caso o governo não cumpra a lei 510/21013”. A legislação, aprovada ainda durante o governo Silval Barbosa, prevê a “dobra do poder de compra” dos profissionais”, aplicando reajustes até 2023.
Para o Sintep, o cenário, apesar de favorável, ainda não estava forte o suficiente para consolidar uma greve unificada. “Iremos fazer uma paralisação de advertência no dia 24 de abril, para dizer ao governo que não aceitamos a retirada de direitos tampouco a forma como vem tratando a Educação aqui no estado de Mato Grosso”, concluiu o presidente do sindicato, Valdeir Pereira.