O delegado municipal de Sinop e responsável pela Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Carlos Eduardo Muniz confirmou, há pouco, ao Só Notícias, que é falsa as informações que estão sendo divulgadas nas redes sociais, que está sendo investigado possível ataque a alunos em duas escolas estaduais no município.
“É um fake news que espalharam. A delegacia municipal não divulgou absolutamente nada sobre isso. Não fizemos nenhum pronunciamento sobre essa situação. Além disso, não chegou nada até nós sobre isso”, explicou Muniz.
Um mãe contou, ao Só Notícias, que ficou extremamente preocupada com a segurança da filha que estuda em uma das escola, no período matutino. A falsa mensagem de alerta está sendo divulgada em aplicativos de conversas e em um grupo de vendas nas redes sociais.
A mensagem foi divulgada após o ataque a tiros que ocorreu na escola estadual Raul Brasil, em Suzano, em São Paulo, onde foram mortas oito pessoas – cinco alunos, duas funcionárias e o dono de uma locadora de veículos -, além dos dois agressores, na última quarta-feira (13). Os dois homens encapuzados, identificados como Luiz Henrique de Castro, de 25 anos, e um adolescente, de 17 anos, atiraram contra os estudantes e se mataram em seguida.
Em nota, a assessoria Polícia Civil também informou que todas as denúncias referentes a supostos atentados em escolas estão devidamente sendo checadas. A Gerência de Combate a Crimes de Alta Tecnologia instaurou procedimentos operacionais visando à identificação dos membros dos grupos em que se notícia promessas de ataques em escola.
O trabalho conta com apoio da Gerência de Operações de Inteligência e Gerência de Inteligência, ambas da Diretoria de Inteligência, e também das delegacias dos locais com denúncias. Em Cáceres, 14 estudantes de grupo de 18 integrantes foram ouvidos pela Polícia Civil, sobre mensagens compartilhadas em um grupo na rede social Telegram, de suposto atentado na Escola Estadual União e Força.
O criador do grupo, um adolescente de 17 anos, disse estar arrependido e que não era intenção promover ataque à escola. Ele contou que o grupo durou apenas 1 hora e logo foi apagado. O jovem também alegou que viu outros grupos de escolas comentando sobre o atentado na escola Professor Raul Brasil, no município de Suzano, em São Paulo, e resolveu criar o grupo.
Os alunos disseram se tratar de uma “brincadeira” e que não foi identificado nenhum plano de ataque à escola. Os envolvidos no grupo também não têm histórico de infrações penais ou mesmo ocorrências no âmbito escolar. A Coordenação da escola deverá realizar avaliação psicológica em todos os alunos que participaram do grupo no Telegram.
Em Porto Esperidião, um jovem de 18 anos, de uma escola na comunidade rural no Distrito de Porto Esperidião, teria também feito um comentário sobre as mortes ocorridas em Suzano (SP), em um grupo que existe no colégio. O jovem foi ouvido e alegou estar muito “envergonhado e arrependido”.