O leilão dos três blocos de aeroportos atraiu a atenção dos investidores, que tinham até ontem para entregar as propostas na sede da B3, em São Paulo. De acordo com a versão on line do jornal Estado de São Paulo, grupos de capital como CCR, Socicam, a francesa ADP e a espanhola AENA apresentaram suas propostas na bolsa. Além destas, outros investidores, como Vinci, Pátria e Avialliance mostraram interesse em apresentar proposta formal.
A abertura dos envelopes com as propostas comerciais, marcada para a sexta-feira (15), gera expectativa em Mato Grosso porque os terminais de Várzea Grande/Cuiabá, Sinop, Alta Floresta e Rondonópolis fazem parte do bloco Centro-Oeste e os usuários esperam por investimentos.
Conforme Só Notícias já informou, o bloco mato-grossense é considerado menos atraentes se considerado com os aeroportos do Nordeste, preferidos dos investidores que estão de olho nas rotas para a Europa e já conhecem o grande fluxo de turismo na região.
Apesar de a procura pelos mato-grossenses ser menor, fontes ouvidas pelo Estadão, acreditam que eles não ficarão sem lance e que deverão, de fato, ser privatizados. O que pesa em favor é a forte atuação do agronegócio na região, o que historicamente, pelo menos no aeroporto de Sinop, segura a movimentação.
O bloco do Sudeste, que inclui os aeroportos de Vitória (ES) e de Macaé, no interior do Rio de Janeiro, também não desperta tanto interesse. Da mesma forma que os terminais de Mato Grosso, o potencial econômico das cidades, no caso o petróleo, é o principal atrativo para os investidores.
A expectativa é que a privatização dos 12 aeroportos, que respondem por 9,5% da movimentação nacional, deve render no mínimo R$ 218 milhões de outorga para o Governo Federal e gerar um investimento de R$ 1,47 bilhão na melhoria da infraestrutura dos terminais nos primeiros cinco anos.