A juíza da Terceira Vara de Nova Mutum, Ana Helena Alves Porcel, pronunciou o jovem de 18 anos acusado de envolvimento na morte de um adolescente de 17 anos, em março do ano passado. Com a decisão, o réu irá a júri popular por homicídio qualificado, supostamente cometido por motivo torpe e mediante recurso que dificultou a defesa da vítima, e corrupção de menor.
O adolescente foi morto por volta das 21h, do dia 19 de março, no cruzamento entre as ruas Hortências e Seringueiras. Segundo a denúncia do Ministério Público Estadual (MPE), o réu teria procurado o outro suspeito, menor de idade, e pedido emprestado uma arma para que matassem a vítima. O crime seria motivado por uma suposta dívida de drogas.
A dupla teria encontrado o adolescente e questionado sobre a dívida. Segundo o MPE, o réu teria surpreendido o menor com três disparos de arma de fogo no tórax e na cabeça. Em seguida, os dois acusados teriam escondido a arma perto do “lagoão” de Nova Mutum e retornado no dia seguinte para buscar. O revólver teria sido guardado na casa do menor.
O rapaz de 18 anos acabou preso no dia 21 de março. No mesmo dia, teve decretada prisão preventiva e continua preso na cadeia pública de Nova Mutum. “O réu deverá ser mantido na prisão em que se encontra, eis que persistem os requisitos e fundamentos que ensejaram o decreto prisional preventivo expedido contra ele, como forma de garantia da ordem pública”, destacou a juíza.
A defesa, em alegações finais, alegou que o réu é inocente, uma vez que o adolescente teria assumido a autoria do homicídio. Ainda cabe recurso contra a sentença de pronúncia.