O ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, declarou hoje, em entrevista ao programa Mercado e Companhia, do Canal Rural, que a BR-163, no Pará, será pavimentada até o final do ano. Ele garantiu que os recursos, de aproximadamente R$ 200 milhões, já estão disponíveis e destacou que há, inclusive, possibilidade de suplementação dos valores, caso necessário.
“Os recursos já existem e estão alocados. Precisa esperar a chuva acabar para começar a trabalhar. São 109 quilômetros para pavimentar. O governo vai investir R$ 200 milhões. Não vai faltar recurso. Se precisar, vamos suplementar. Nossa meta é terminar a pavimentação até Miritituba este ano. A gente quer este trecho todo asfaltado até ano que vem, para que nunca mais tenhamos este tipo de problemas”, afirmou Tarcísio, se referindo aos atoleiros que começaram há alguns dias em razão das chuvas que caem na região.
Hoje, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) confirmou que o bloqueio de caminhões e carretas em Nova Santa Helena e Guarantã do Norte (124 e 233 quilômetros de Sinop, respectivamente) será mantido até quarta-feira (6). A previsão era que os veículos fossem liberados nesta terça-feira para seguirem viagem ao estado paraense, mas o prazo foi prorrogado. De acordo com o órgão, o motivo da interdição são as intensas chuvas na região de Novo Progresso e Moraes Almeida, que tem causado diversos pontos de atoleiros.
Segundo Tarcisio, as medidas paliativas promovidas pelo governo estão funcionando. “A curto prazo temos que segurar o trânsito no Mato Grosso, onde tem suporte de vida, há água, comida. Não dá para deixar as carretas subirem até os trechos não pavimentados e as pessoas ficarem paradas no meio do mato, onde não há mínima condição de suporte. Como no trecho não pavimentado tem chovido muito, temos que aproveitar as janelas para dar o mínimo de trafegabilidade. A operação é para garantir que as carretas cheguem em Miritituba”, afirmou o ministro.
Conforme Só Notícias já informou, centenas de caminhoneiros estão parados há mais de 10 dias nos atoleiros. Alguns motoristas já estão ficando sem alimentos. Dos 707,4 quilômetros da rodovia federal localizados desde a divisa com Mato Grosso até a entrada para o Porto de Miritituba, 658 quilômetros já foram pavimentados pelo DNIT. Os quase 49 quilômetros a serem asfaltados estão divididos em dois lotes de obras, sendo 3 km ao sul da Vila do Caracol e 46 km sob responsabilidade do Exército perto de Moraes Almeida.
Esta manhã, de acordo com o boletim diário do DNIT, na Serra da Anita ainda está com tempo chuvoso, fluxo parado e trafegabilidade parcialmente interditada com fila de 30 quilômetros formada rumo a Miritituba. No segundo pior ponto, em Riozinho, mesmo com o tempo seco, o fluxo segue lento e trafegabilidade parcialmente interditada. Ainda há no local uma fila de aproximadamente 8 quilômetros de caminhões, com tempo de espera de até uma hora para seguir viagem.
O superintendente Regional do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), em Mato Grosso, Orlando Fanaia Machado, disse, ao Só Notícias, que será colocada até quarta-feira, em Guarantã do Norte, uma balança móvel para coibir o excesso de cargas das carretas e caminhões que estão fazendo o transporte da soja produzida em Mato Grosso para o porto de Miritituba, no Pará, no qual segue para exportação.
O objetivo é deixar a rodovia trafegável o tempo inteiro, mas com essas questões das chuvas e excesso de cargas tem piorado a situação da rodovia. Vamos colocar a partir de quarta-feira, uma balança móvel operando em Guarantã do Norte para fazer o controle de peso. O caminhão ou carreta que estiver com carga acima do permitido terá que retirar o excesso para seguir viagem. Além disso, é multado”, disse Orlando Fanaia.
