O Ministério Público Eleitoral, por meio da Procuradoria Regional Eleitoral (PRE) em Mato Grosso, requereu, ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE), a cassação da diplomação da senadora Selma Arruda, eleita pela Coligação “Segue em Frente Mato Grosso”, e de seus suplentes. Além da perda do mandato, requer ainda a aplicação de sanção de inelegibilidade e, como consequência, que sejam realizadas novas eleições para o preenchimento de uma vaga de senador em Mato Grosso.
Além disso, o MP Eleitoral também requereu o reconhecimento da arrecadação e gastos ilícitos de recursos, combinados com a prática de abuso de poder econômico. Os requerimentos foram realizados nas alegações finais protocoladas hoje no Tribunal Regional Eleitoral, em ação de investigação judicial eleitoral.
De acordo com a PRE, restou apurado no processo que integrantes da chapa da candidata Selma Arruda abusaram de poder econômico, assim como praticaram caixa 2 de campanha ao contraírem despesas de natureza tipicamente eleitoral no valor de R$ 1,2 milhão, quitadas com recursos de origem clandestina, que não transitaram regularmente pela conta bancária oficial.
Por fim, requereu novas eleições para o cargo pois, “aventar a posse do terceiro colocado nas eleições representaria atropelar a vontade popular e violar o regime democrático amparado pela Constituição Federal”.
O pedido feito pelo Ministério Público Federal vai ser julgado pelo TRE de Mato Grosso.
Em manifestação anterior, a senadora Selma Arruda, a mais votada no Estado, negou que tenha sido cometido crime eleitoral em sua campanha.
(Atualizada 21:14h)