Palmeiras e Santos fizeram um bom clássico neste domingo, no Allianz Parque, mas não conseguiram balançar as redes. Depois de um primeiro tempo apenas com duelos táticos e novo gol incrível perdido por Borja, a partida ganhou emoção na etapa final e os dois times pararam em grandes defesas de Weverton e Everson. Pior para o Verdão que viu os quase 34 mil pagantes vaiarem após o apito final.
Com o empate, o Palmeiras segue líder do Grupo B com 15 pontos. O Verdão volta a campo diante do Ituano, na próxima quarta-feira, às 21h30 (de Brasília), no Allianz Parque. O Santos também lidera sua chave, soma 19 pontos e só volta a jogar pelo Paulistão no sábado, diante do Oeste, às 19h, no Pacaembu. Antes, o Peixe encara o River Plate pela Copa Sul-Americana, às 19h15 também no Paca.
O clássico começou interessante no Allianz Parque. As duas equipes buscaram a marcação no campo ofensivo, mas a pressão dos mandantes durou poucos minutos. Logo, a apatia de Miguel Borja e o despreparo físico de Raphael Veiga pesaram para que o Verdão desse espaço ao Santos.
Isso, somado à boa ‘saída de três’ armada por Sampaoli, com Yuri recuado quase como terceiro zagueiro, deu espaço para Jean Lucas, o melhor do Peixe aparecer no jogo. Quando Moisés avançava para tentar acirrar a marcação, o camisa 30 do, hoje dourado, Santos aparecia bem às costas dos volantes palestrinos, mas nada que evoluísse para jogadas claras de gol.
O Alviverde, por sua vez, tentava copiar a fórmula de saída de bola adversária, mas o passe de Thiago Santos dificultou o recurso. Foi o primeiro time misto do Maior Campeão do Brasil na temporada. Ao invés das já conhecidas formações ‘A’ e ‘B’, Felipão misturou suas duas escalações e o Verdão sofreu.
Apenas Felipe Pires conseguiu destaque, infernizando o inseguro Copete pelo lado direito. Dudu tentou dobradinha com Victor Luis na esquerda, mas pouco apareceu, enquanto Raphael Veiga e Borja fizeram nova péssima partida. Com todo este cenário, a única real oportunidade de gol do clássico saiu após 40 minutos já jogados.
Dudu tentou jogada individual pela esquerda, perdeu a bola e ela sobrou para Victor Luis, que avançou até a área e cruzou rasteiro. Everson e Raphael Veiga tentaram alcançar, mas a bola chegou no segundo poste, onde Borja entrou livre. O colombiano deu um carrinho com o pé direito, mas ela bateu em seu pé esquerdo e foi fraca na direção do gol. Em cima da linha, Gustavo Henrique afastou.
O panorama da etapa final foi diferente. Por erros de passe, botes e cobertura, os dois times conseguiram criar. Com apenas três minutos, Derlis González teve espaço para arriscar de fora da área, e Yuri entregou bola para Raphael Veiga dominar sozinho, na meia-lua e finalizar duas vezes em cima da zaga. Felipe Pires, livre pela direita, esbravejou muito com o companheiro.
O Alvinegro, por sua vez, reclamou de duas penalidades. Primeiro, de um toque de mão de Gustavo Gómez em finalização de Jean Lucas. Depois, de um empurrão em Jean Mota após cruzamento na área.
Contando com as falhas visitantes e abusando das jogadas pelas pontas, o Palmeiras foi encurralando o Santos, mas abrindo espaço para os contra-ataques. Tentando armar, o Peixe só conseguia respiro quando seus dois zagueiros, além de Yuri, tocavam a bola.
Com 14 jogados, após cruzamento de Dudu, três palmeirenses tocaram de cabeça, mas ninguém mandou para as redes. Pouco depois, o camisa 7 levantou mais uma área, Felipe Pires finalizou, mas a bola estava muito alta e foi para fora.
A esperança verde aumentou com a entrada de Ricardo Goulart, já metade do segundo tempo. As arquibancadas vibraram quando o camisa 11 foi chamado por Felipão, mas chiaram quando a placa indicou que Raphael Veiga era quem deixaria o campo, ao invés de Borja. Ambos fizeram péssima jornada e o último reforço do ano melhorou o Verdão.
O placar só não foi alterado na reta final pela bela defesa de Weverton, em finalização de Matheus Ribeiro e o brilho de Everson. O goleiro do Santos fez um milagre para defender a cabeçada de Dudu e mostrou reflexo para parar Gustavo Gómez, em nova jogada pelo alto.