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Juiz mantém preso agricultor que confessou ontem assassinato de agrônomo que morava em Sinop

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Só Notícias/Cleber Romero (foto: arquivo/reprodução)

O agricultou Paulo Faruk de Moraes, de 61 anos, passou por audiência de custódia e o juiz da 3ª Vara Criminal de Juara (291 quilômetros de Sinop), Pedro Flory Diniz Nogueira, manteve sua prisão. A Polícia Civil confirmou, ao Só Notícias, que ele será encaminhado para cadeia de Porto dos Gaúchos, esta manhã. Porém, por questões de segurança não divulgou o horário que ocorrerá a transferência da cela da delegacia para a unidade prisional.

Faruk se apresentou espontaneamente, ontem, no início da manhã na delegacia de Juara e confessou ter assassinado o engenheiro agrônomo, Silas Henrique Palmieri Maia, de 33 anos, em um restaurante, no distrito Novo Paraná, a cerca de 25 quilômetros de Porto dos Gaúchos (246 quilômetros de Sinop), na última terça-feira. De acordo com o delegado Carlos Henrique Engelmann, em depoimento, o agricultor apontou que estava se sentindo “pressionado” por Silas Henrique.

“Ele contou que há todo tempo o engenheiro estaria invadindo a “fazenda” dele e perturbando o bom andamento da colheita da soja, que ele havia plantado. Ainda segundo Paulo, bastante emocionado com os incômodos que vinham recebendo por parte da vítima, ao passar pelo local (restaurante) viu o engenheiro sentado na mesa, sem pensar no ato que iria fazer, simplesmente sacou da pistola que trazia e atirou. Depois isso, alegou não lembrar mais de nada. Segundo ele, ficou cego pela emoção do fato, saiu com o veículo em direção aos municípios de Porto do Gaúchos, Novo Horizonte e Juara”, explicou Engelmann.

Ainda não foi informado o valor da dívida que Paulo teria com a empresa. O delegado explicou ainda que Paulo deixou, ontem de madrugada, em frente à delegacia de Tabaporã a arma utilizada para executar o agrônomo. “Ela foi encontrada e já determinamos análise pericial da potencialidade lesiva, qualidade dessa arma para saber qual calibre que realmente se trata, se é um calibre de uso permitido ou não”. “O autor do fato contou que essa arma estaria registrada em seu nome, mas não tinha permissão para portá-la em via pública”.

Conforme Só Notícias já informou, Silas (foto) estava sentado em uma mesa, com outro homem, quando foi executado. O assassino, de camisa azul, usando boné e óculos de grau, chegou pelas costas dele e tocou seu ombro. Ele se move para ver quem era, é executado a queima-roupa com tiros nas costas impossibilitando que ele pudesse se defender. Ele morreu na hora. O colega, que estava com ele, na mesa, correu quando o assassino começou a atirar com revólver. Silas foi morto após ter saído de uma fazenda e a polícia apura se o assassino seguiu ele até o local onde almoçaria e o executou.

O corpo Silas Henrique sepultado em Paranaíba, no Mato Grosso do Sul. Ele morava há seis anos em Sinop e trabalhava em uma empresa de insumos agrícolas como consultor de vendas.

Assista a entrevista do delegado que relata a versão dada pelo agricultor

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