O corpo do agrônomo Silas Henrique Palmieri Maia, de 33 anos, foi trasladado, por volta das 13h, de avião que decolou de Juara (300 km de Sinop) e seguiu para cidade de Paranaíba-MS (400 km de Campo Grande), onde residem seus pais. De acordo com a funerária Bom Jesus, a previsão é chegar logo mais no início da noite. Ele foi assassinado em um restaurante, em um distrito de Porto dos Gaúchos (246 km de Sinop), ontem no início da tarde.
Esta manhã, o delegado da Polícia Civil, Carlos Henrique Engelmann, confirmou, em entrevista, ao Só Notícias, que o assassinato de Silas Henrique (foto) foi motivado por um desacordo comercial entre ele e o suspeito. “Nós temos a prova do homicídio (imagens da câmera de segurança). Essa é a principal materialidade do crime. Agora vamos qualificar o autor que está bastante definido. Ainda não temos conhecimento se ele é conhecido do meio policial. Já conversamos com familiares dele e os advogados já entraram em contato. Do outro lado, temos as circunstâncias do crime que foi motivada por um desacordo comercial. Uma determinada dívida que ainda não sabemos o valor, nem quem devia”, explicou.
“Para polícia, o caso está praticamente resolvido. Estamos instaurando um inquérito policial, coletando a materialidade, as cápsulas que foram recolhidas, exame pericial da necropsia, do local do crime e vamos ouvir as testemunhas”, afirmou Engelmann acrescentando que o assassino deve se entregar nos próximos dias. “Segundo os advogados, ele será apresentado para ser interrogado. Isso ainda está em negociação e deve ocorrer nos próximos dias. Vamos esperar para ver se isso realmente vai ocorrer. Ontem, um advogado da família sinalizou essa entrega na delegacia para contar sua versão dos fatos”.
A câmera de segurança registrou a execução de Silas, que estava sentado em uma mesa com outro homem. O assassino, de camisa azul, usando boné e óculos de grau, chegou pelas costas dele e tocou seu ombro. Silas se move para ver quem era, é executado a queima-roupa com tiros nas costas impossibilitando que ele pudesse se defender. Ele morreu na hora. O colega, que estava com ele, na mesa, correu quando o assassino começou a atirar com revólver. Silas foi morto após ter saído de uma fazenda e a polícia apura se o assassino seguiu ele até o local onde almoçaria e o executou.
Ele estudou agronomia na Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS), em Cassilândia e estava formado há 8 anos. Estava namorando, não tinha filhos, morava há seis anos em Sinop e trabalhava em uma empresa de insumos agrícolas como consultor de vendas.
Em nota, a Associação dos Engenheiros Agrônomos de Sorriso repudiou o assassinato e manifestou pesar.