O porta-voz da presidência da República, Otávio do Rêgo Barros, anunciou hoje a exoneração do ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gustavo Bebianno Rocha. Segundo ele, foi uma decisão de “foro íntimo” do presidente da República. Rêgo Barros leu uma nota oficial, em nome do presidente Jair Bolsonaro, informando que ele “agradece sua dedicação” e deseja “sucesso na sua nova caminhada”.
Posteriormente, Bolsonaro publicou um vídeo explicando os motivos da exoneração. O presidente afirmou que “diferentes pontos de vista sobre questões relevantes trouxeram a necessidade de uma reavaliação”. Disse ainda que houve “incompreensões” e “mal-entendidos de parte a parte” e apelou para não haver prejulgamentos. “Avalio que pode ter havido incompreensões e questões mal-entendidas de parte a parte, não sendo adequado prejulgamentos de qualquer natureza”, ressaltou.
O porta-voz do governo confirmou que o general Floriano Peixoto assumirá de forma definitiva a Secretaria-Geral da Presidência. A pasta é responsável pela implementação de medidas para modernizar a administração do governo e avançar em projetos em curso. É uma das pontes entre o Palácio do Planalto e a sociedade.
Bebianno, presidente do PSL na época da campanha eleitoral, é suspeito de irregularidades no repasse de recursos do Fundo Especial de Financiamento de Campanha para candidatas do partido. Questionado, Bebianno negou participação nas irregularidades. “Reitero meu incondicional compromisso com meu país, com a ética, com o combate à corrupção e com a verdade acima de tudo”, disse o ministro, em nota divulgada na semana passada.