demanda intensa pela soja brasileira continua dando espaço para uma recuperação não só das cotações no mercado nacional – interior e portos do país – como também dos prêmios pagos pela oleaginosa do Brasil. Somente nos últimos 30 dias, os valores ofertados no porto de Paranaguá foram substancias.
De 15 de janeiro a 15 de fevereiro, a posição de entrega fevereiro passou de US$ 0,40 para US$ 0,55 por bushel acima dos valores de Chicago, com uma valorização de 37,50%, enquanto o março foi de US$ 0,5 para US$ 0,60, subindo 71,43%.
De acordo com números da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), somente nos primeiros 6 dias úteis de fevereiro o Brasil já embarcou 1,4 milhões de toneladas de soja e, segundo acredita o consultor de mercado Vlamir Brandalizze, da Brandalizze Consulting, o mês tem potencial para terminar com cerca de 4,5 milhões de toneladas exportadas.
“Há um ou outro comentário apontando que essa projeção poderia ser ultrapassada há muito grão colhido e tem muitos contratos para serem carregados”, diz. Além disso, lembra ainda que no acumulado de 2019 o volume já é mais alto do que no mesmo período do ano passado, quando o Brasil exportou recordes 83,9 milhões de toneladas de soja.
Mantido esse ritmo, ainda como explica o consultor, o abastecimento interno poderia ficar comprometido. E temendo este momento – de disputa de produto e preços mais altos – as indúsrias nacionais têm buscado se precaver para garantir seus estoques e sua atividade. E essa demanda interna mais aquecida tem ajudado a promover boas altas das referências no interior entre as principais praças de comercialização.