O líder do governo Mauro Mendes na Assembleia Legislativa de Mato Grosso, deputado Dilmar Dal Bosco (DEM), disse que é contrário à CPI da Sonegação Fiscal requerida ontem pelo deputado Wilson Santos (PSDB). Para o democrata, uma nova investigação cria instabilidade jurídica para os investidores que pretendem se instalar em Mato Grosso. Como alternativa, ele diz que existem outros meios de investigação.
“A Assembleia Legislativa não pode tratar a CPI como um repelente para qualquer empreendedor que quer investir no estado. Hoje, o que falta em Mato Grosso é ter segurança jurídica. O Estado de Mato Grosso precisa ter mais regularidade no compromisso assumido, no que quer”, declarou em entrevista coletiva. “Quando você cria uma CPI em 2013, quando você cria uma CPI em 2015 para 2016, você está trazendo uma grande insegurança jurídica para qualquer empreendedor”, acrescentou.
Dal Bosco garantiu que se a terceira CPI sobre o tema for instalada na Assembleia, o governo não vai interferir e vai colaborar com as investigações, até porque, segundo ele, não há problemas da atual administração que acaba de tomar posse.
No entanto, o parlamentar sugere outros meios de investigação, como requerimentos e ofícios enviados ao Poder Executivo e até por meio da comissão de Fiscalização da Assembleia.
“O que propuser a Assembleia de investigar nós concordamos, até porque se tem dúvida, que se sanem as dúvidas, mas eu acho que pode por requerimento, por audiência pública, por audiência com o governo pedir qual é a dificuldade de o Estado estar investigando, de o Estado estar fiscalizando”, reforçou.
Após a apresentação do requerimento, o pedido vai para votação em plenário e cinco nomes serão indicados pelos blocos para compor a CPI.