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Problema para emitir guias pode ter prejudicado setor madeireiro no manejo de toras, diz presidente do Sindusmad

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Só Notícias/Cleber Romero (foto: Só Notícias e assessoria/arquivo)

O presidente do Sindicato das Indústrias Madeireiras do Norte do Estado de Mato Grosso, Sigfrid Kirsch disse, em entrevista, ao Só Notícias, que os problemas para emitir os documentos que autorizam o transporte e a comercialização de madeira (DOF) e Guia Florestal (GF) atreladas aos sistemas estaduais através do sistema informatizado que registra o Documento de Origem Florestal (DOF), do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), no mês passado, pode ter prejudicado o setor no período proibitivo da madeira a “piracema da madeira”, que começou no dia 1º deste mês e seguirá até o dia 31 de março.

“Já estamos acostumados com esse período proibitivo. Ocorre todos os anos e fazemos estoques para trabalhar. É feita uma espécie de “explanada mestra” com declaração aos órgãos ambientais desse estoque. Depois, podemos puxá-la legalmente para continuar trabalhado até o fim da piracema. O período proibitivo não nos dá prejuízos. As chuvas também não atrapalharam, mas a demora na emissão da nota fiscal que tivemos, no início do ano, isso com certeza nos atrasou e muito. O que pode dar prejuízos ao setor é essa questão. É algo muito grande e não é possível estimar um valor real do prejuízo que pode ter causado”, explicou Kirsch.

A proibição foi instituída pelo Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama) com o objetivo de proteger o solo no período mais chuvoso, por isso, se repete anualmente. A medida foi definida após pesquisas feitas pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) sobre o período e o volume de chuvas nos principais estados produtores de madeira nativa. Com isso, constatou-se que há acúmulo de água nas áreas florestais e aumenta o risco de haver degradação do solo pelo uso contínuo de máquinas e caminhões utilizados na derrubada e arraste da madeira.

O setor de base florestal representa 1,1% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, o equivalente a US$ 60 bilhões, cerca de R$ 222 bilhões Em Mato Grosso são 3,4 milhões de hectares de florestas manejadas, com potencial para chegar a 6 milhões de hectares, apenas em áreas privadas. Além disso, representa a 4º economia no estado, 5,4% no PIB de Mato Grosso, presente em mais de 40 municípios.

O setor madeireiro gera cerca de 90 mil empregos diretos e indiretos. É composto por cerca de 6 mil empreendimentos florestais, dos quais quase 2 mil são indústrias e comércios. A movimentação é de aproximadamente de R$ 2 bilhões em vendas de produtos florestais. No ano passado, arrecadou, aos cofres públicos, R$ 23 mi através do Fundo Estadual de Transporte e Habitação (Fethab), R$ 540 mi através do Fethab Diesel, cerca de 25% do montante total do estado e R$ 53 mi de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).

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