O deputado José Medeiros (PODE-MT), que até esta quinta-feira era senador, foi barrado ao tentar acessar o salão verde da câmara dos deputados após a sessão em que tomou posse. De acordo com o Uol, que acompanhou a movimentação no local e flagrou Medeiros sendo arrastado.
“Disseram que eu não tinha credencial, mas eu tenho o “botton” da Câmara no peito. Não podem barrar meu acesso”, afirmou Medeiros, em referência ao broche de identificação parlamentar. A mulher do deputado, Ruth Medeiros também foi barrada. Após cerca de dois minutos de confusão, os dois deixaram a Câmara. O deputado dizia aos seguranças que era a terceira vez no dia que era barrado e que não poderia ser impedido de acessar a casa.
O portal de notícias chegou a abordar os funcionários da segurança que intervieram no caso, mas eles não quiseram se manifestar. Procurada, a assessoria da câmara afirmou que o deputado não foi impedido de entrar no salão verde, mas “sim um assessor que não tinha holograma de acesso ao local”.
Os 513 deputados eleitos em outubro tomaram posse na Câmara. Membros do partido do presidente Jair Bolsonaro (PSL) aplaudiram seus pares, enquanto petistas gritavam “Lula Livre”. Ao ser chamado nominalmente, o agora deputado federal Aécio Neves (PSDB-MG) foi vaiado no plenário.
A câmara conta com uma renovação de 52% das 513 cadeiras e traz novidades como a ascensão do PSL, cujos candidatos surfaram na popularidade do presidente Jair Bolsonaro (PSL) para garantir o mandato.
Durante a chamada nominal dos candidatos, petistas gritavam “Lula Livre”, membros do PSL entoavam o lema de campanha de Bolsonaro “Brasil acima de tudo”.
Outro lado
Em nota encaminhada pela assessoria, Medeiros alega que “foi alvo de uma ação destemperada de servidores da Polícia Legislativa da Câmara dos Deputados e que limitavam o acesso de visitantes ao local onde ocorreria a solenidade dos novos eleitos. Mesmo já com o botton que o identificava como um dos 513 deputados da legislatura que finda em janeiro de 2023 no paletó, Medeiros foi seguro de maneira abrupta por um dos responsáveis pela segurança a ponto de um dos botões de sua roupa ser arrancado.
O deputado afirma que não agrediu nenhum policial, diferentemente do que foi divulgado de maneira distorcida em alguns veículos de comunicação. Por fim, Medeiros lamentou o ocorrido e projetou a necessidade de mudança. “Se agem assim com um parlamentar imagina o que fazem com as pessoas que visitam o Congresso Nacional? Essa é a casa do cidadão brasileiro e ninguém que trabalha aqui é dono. Nos próximos dias, vou procurar a direção da polícia legislativa da Câmara e abrir uma reclamação para impedir que novos excessos ocorram”.