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Justiça recebe denúncia contra 3 acusados de latrocínio de professor da UFMT em Sinop

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Só Notícias/Herbert de Souza (foto: reprodução/arquivo)

A juíza da Primeira Vara Criminal de Sinop, Rosângela Zacarkim, recebeu a denúncia do Ministério Público Estadual contra os três acusados de envolvimento na morte do professor Francisco Moacir Pinheiro, 53 anos, que lecionava na Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), em Sinop, e foi assassinado em dezembro.

Os três passam a responder ação penal por latrocínio e corrupção de menores. O suspeito de ser o mandante do crime também responde por se passar por outra pessoa “para obter vantagem” e adulteração veicular. O trio tem dez dias para responder a acusação e constituir advogado.

Há pouco, o delegado responsável pelas investigações, Ugo Ângelo Heck, confirmou, ao Só Notícias, que, a princípio, o “caso está concluído”. Segundo ele, no momento, a Polícia Civil não procura outros suspeitos de envolvimento no crime.

Conforme Só Notícias já informou, o jovem de 27 anos, que atuava como personal trainer, foi o último a ser preso. Ele foi localizado na rua dos Lírios, região central da cidade, por investigadores da Delegacia Especializada de Roubos e Furtos (DERF), Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa, e do Núcleo de Inteligência da delegacia regional.

Segundo um investigador, o suspeito “estava sendo monitorado e ficou em diversas casas em vários bairros para não ser preso. Nossa investigação apurou que ele foi o elo entre o principal suspeito, de 32 anos, e os outros dois suspeitos acusados de atirarem no professor”.

Antes, um adolescente, 16 anos, foi detido, em uma empresa na área central, acusado de ser o terceiro envolvido na morte do professor. De acordo com Ugo, ele confessou que seria um dos autores dos disparos feitos com um revólver calibre 22.

O segundo suspeito, de 20 anos, por outro lado, ao ser preso, declarou que não conhecia a vítima. Ele alegou que o mandante do latrocínio entrou em contato, após pegar o número com o adolescente que trabalha em uma academia, dizendo que “tinha um corre para fazer”. O suspeito afirmou que o acusado combinou que era para ele e o menor irem até o condomínio onde a vítima morava e se esconderem em área de mata nas proximidades, quando, então, o comparsa iria passar na frente e dar sinal luminoso com o veículo para que realizassem a simulação de um assalto.

Ainda de acordo com o depoimento, o mandante havia dito que levaria a vítima para um local ermo (mata) e que apenas a amarraria. Mas que, ao chegar nesse local (nas proximidades do município de Cláudia), Moacir teria percebido que o amigo estava envolvido com o crime.

Nesse momento, o suspeito afirmou que o mentor do crime teria feito a vítima descer do carro e seguiu com ela por alguns metros em uma propriedade rural, deixando os dois comparsas no veículo. Segundo esta versão, pouco tempo depois (aproximadamente 10 min), foram ouvidos disparos de arma de fogo. O jovem, de 20 anos, afirmou ainda que houve a promessa, por parte do primeiro preso, de pagamento de R$ 25 mil. O comparsa teria comentado que venderia o carro da vítima e também a casa de propriedade do professor.

Já o homem que é apontado como mandante, foi o primeiro a ser detido, próximo ao pedágio da BR-163, em Sorriso, no Renault Sandero da vítima que já estava com as placas adulteradas. No momento da prisão, disse que fez a adulteração porque já sabia que estava sendo procurado e queria inibir eventual abordagem policial. Sobre a morte do professor afirmou não ter nenhuma participação e havia emprestado o carro, pois tinha confiança da vítima.

O professor que lecionava no curso de Enfermagem estava desaparecido e foi reconhecido por servidores da UFMT, no Instituto Médico Legal (IML) de Sorriso. O corpo foi encontrado com sinais de tiro na cabeça, às margens da MT-423, rodovia que liga Sinop a Claudia.

Dos objetos roubados do professor, apenas o celular foi encontrado. A pessoa que comprou e estava com o aparelho foi presa, no dia 5 de janeiro, pagou fiança e foi liberada. A arma do crime também não foi localizada.

O corpo do professor foi trasladado e sepultado em Fortaleza, no Ceará.

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