O deputado Wilson Santos (PSDB), mesmo sendo da oposição, se posicionou favorável à proposta do governador Mauro Mendes (DEM) para reduzir em R$ 35 milhões o duodécimo da Assembleia Legislativa e em R$ 17 milhões os repasses para o Tribunal de Contas do Estado (TCE). Mais do que apoiar, o parlamentar entende que as ações são tímidas, que não resolvem o problema e sugere mais audácia ao governo.
“Essas reformas administrativas não resolvem o problema. A curto prazo, essa reforma não é suficiente. Hoje, o estado engole quase tudo que arrecada. Cerca de 99% do que é arrecadado são destinados para salário, encargos sociais, pagamentos de dívidas públicas e custeio da máquina pública”, disse Wilson Santos durante audiência pública na Assembleia para discutir a Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2019.
O parlamentar reforçou o que disse na semana passada e acredita que é possível fazer um orçamento zerado e sem déficit. Desta vez, com um pouco mais de detalhes, ele disse que pretende apresentar quatro emendas ao projeto da LOA. “Não existe orçamento deficitário. Se o governo está prevendo que no final do ano vai terminar com déficit, por que não faz o ajuste no início do ano?”, questionou.
Na semana passada, conforme Só Notícias já informou, Wilson Santos disse que vai apresentar um pacote de medidas que possibilitarão Mato Grosso terminar 2019 com o déficit financeiro zerado, mas não revelou quais serão as sugestões alegando que a proposta está em construção.
“Baseado nas duas propostas orçamentárias, de setembro e de dezembro, eu vou apresentar uma proposta que é possível zerar tudo isso isoladamente. Eu não tenho a proposta fechada, estou terminando, vou fazer um conjunto de emendas e nós vamos mostrar que é possível o governador Mauro Mendes encerrar 2019 com este déficit zerado”, disse na semana passada.
O deputado disse que pretende usar sua experiência como prefeito da capital para entregar a solução ao governo estadual.
“Eu vou sugerir a ele [Mauro Mendes], porque eu fui prefeito de Cuiabá e quando eu assumi tinha três folhas atrasadas: em 56 dias eu paguei tudo e nunca mais atrasou. Então, vou fazer sugestões daquilo que eu como gestor público fiz. Não estou aqui fazendo discurso”, enfatizou.