Investigadores da Polícia Civil de Mato Grosso, iniciaram, hoje, um movimento protestando contra o governo do Estado, alegando falta de apoio e condições de trabalho que vão desde salários atrasados (dezembro), falta de pagamento do 13º e, até condições adversas de armamentos e outros equipamentos utilizados pela polícia.
Para isso, o Sindicato dos Investigadores lançou uma cartilha de orientação ao policial civil e camisetas que constam os serviços que não devem ser mais prestados a partir de hoje pelo servidor com recursos próprios: “suspender operações policiais sem o devido suporte financeiro do Estado; não realizar cumprimento de sobreavisos, sem o recebimento de hora extra; não viajar a trabalho sem receber diária; não custear com seu próprio dinheiro, delegacias e viaturas; não solicitar para a sociedade ou comércio, ajuda para manter as delegacias e viaturas; nunca usar em serviço, material próprio: arma, notebook, celular e veículos; só ir em qualquer missão com coletes, armamentos e munições em perfeito estado e dentro da validade”.
Em Sinop, o diretor presidente da subsede do Sindicato dos Investigadores, investigador Wilson Cândido de Souza, explicou ao Só Notícias, que “muitos ainda não receberam o 13º terceiro. A DHPP dispõe apenas de uma viatura, que precisa de reparos na parte elétrica e mecânica, no entanto, não podemos pará-la, para não haver atraso em nossos serviços. Se enviarmos nossa única viatura para a oficina, ela ficara retida por falta de pagamento da locação [responsabilidade do governo]. Hoje, não conseguimos ir até Colíder (200 km de Sinop) encaminhar uma presa para a delegacia da Mulher porque corremos o risco de ficar parados no caminho”, explicou.
Esta tarde, os boletins foram interrompidos devido a problemas no sistema que emite as informações para a Polícia Civil. Alguns boletins foram registrados pela manhã.