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Sindicalista diz que Mauro age pior do que Pedro Taques no começo do governo

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Só Notícias/Marco Stamm (foto: arquivo/reprodução)

O presidente do Sindicato dos Profissionais da Área Meio do Poder Executivo de Mato Grosso (Sinpaig), Edmundo Leite, disse ao Só Notícias que o governador Mauro Mendes (DEM) age pior do que o ex-governador Pedro Taques (PSDB) no relacionamento com o servidor público. A declaração foi ao comentar a atuação do atual gestor em relação ao projeto que altera as regras da Revisão Geral Anual (RGA) entregue esta manhã na Assembleia Legislativa. “Pior. Porque o Pedro Taques pelo menos teve coragem de enfrentar num primeiro momento. E o Mauro Mendes só foi falar com o Fórum Sindical porque nós pressionamos. E tem que se admitir que o Estado não é empresa particular. É uma empresa pública, a maior de Mato Grosso, e nós fazemos parte como prestadores de serviço desta empresa”, declarou.

Leite garantiu que os servidores são sensíveis à realidade financeira do Estado, mas se sentem ofendidos por serem responsabilizados pela crise e excluídos das discussões da nova gestão. “Nós só não aceitamos é imputar ao servidor público esta situação em que Mato Grosso está. O servidor público é o que tem menos culpa nisso. Nós fazemos a nossa parte procurando, de todas as formas, diminuir a corrupção em Mato Grosso, mas não conseguimos”, afirmou. “Falta habilidade e respeito [por parte do governo]. Nós queremos discutir o projeto. Nós temos soluções que estamos apresentando há muito tempo. Essa taxação do agronegócio é importantíssima, como também é essa eliminação da renúncia fiscal”, completou.

Mesmo que os servidores sejam chamados à mesa de discussão com o Estado, Leite não descarta a possibilidade de greve em fevereiro. “Já melhora, mas não modifica. O servidor público precisa ser ouvido, [o governo] precisa receber as nossas argumentações e colocar em prática”.  O sindicalista acrescentou que o escalonamento dos vencimentos, prática habitual de Taques mantida por Mendes, também não agradou aos servidores. “Nós temos informações do Fiplan, informações oficiais do Estado, não sou eu que estou dizendo nem ninguém do Fórum Sindical, que o Estado, em dezembro, arrecadou R$ 2,8 bilhões. Cadê o dinheiro? Não pagou o servidor, não pagou o 13º de novembro, não pagou o 13º de dezembro”, questionou.

Em entrevista coletiva, conforme Só Notícias já informou, Mauro Mendes disse que não tem condições de pagar os salários e 13º de forma única, citou o caso de Goiás, onde o governo “pedalou” o mês de dezembro, e negou que a proposta de reformulação do RGA seja para congelar o aumento, que segundo ele, será concedido assim que Mato Grosso atingir um equilíbrio entre receita e despesas. “Não tem dinheiro para pagar. Se fizer greve resolver o problema do Estado eu sou o primeiro que vou entrar em greve, vou convidar todo mundo para entrar em greve porque aí, dois, três meses depois, não tem mais problemas em Mato Grosso. A greve não resolve e vai piorar muito mais o problema do Estado”, disse o governador. “Tenho certeza que o servidor conhece esses números, apresentamos a eles, vamos continuar apresentando. Quando foi proposto este escalonamento, eles vão receber dia 30. Só foi feito isso [escalonamento] porque é a única condição que tínhamos para pagar”.

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