As primeiras medidas do governo de Mauro Mendes (DEM) só devem ser conhecidas na sexta-feira (4). Até lá, os secretários de Estado empossados ontem vão fazer um diagnóstico complementar às informações da equipe de transição e se reunir com o governador para dar a medida exata da situação do Estado. Inclusive o pagamento do 13º salário de alguns servidores, que não foram quitados pelo ex-governador Pedro Taques (PSDB), é uma incógnita.
“Eu dei a todos os secretários dois dias para que, em complemento às informações que recebemos das equipes de transição, eles possam, sentados na cadeira de cada um deles, fazer uma verificação mais profunda e até mesmo uma rechecagem destas informações nestes dois dias. As primeiras medidas sairão ao final do terceiro dia do nosso mandato”, explicou Mauro Mendes.
Entre as medidas está uma definição sobre o pagamento do 13º salário de parte dos servidores estaduais. Mendes explicou ainda não conversou com o secretário de Estado de Fazenda, Rogério Gallo, sobre o assunto por uma questão ética, já que o manteve no cargo vindo da gestão de Taques, mas adiantou que o cenário não é favorável.
“A partir de amanhã sentaremos e, certamente, será uma das primeiras audiências que teremos para tomarmos pé definitivamente do caixa do Estado. Mas eu tenho informações da equipe de transição que a realidade é duríssima, muito pior do que muitos de nós imaginamos ou conhecemos. Nós iremos ao longo dos próximos dias fazer um grande diagnóstico, e eu peço paciência porque eu vou pedir a todos os secretários que a gente foque nas nossas tarefas, nas nossas ações dentro das secretarias, e assim que nós completarmos o nosso diagnóstico nós voltaremos para dar uma satisfação à população”, disse Mendes.
Mendes acredita que a situação financeira deva piorar em janeiro, um mês de arrecadação, e incluiu no pedido de paciência os prefeitos e outros agente públicos, com quem só deve se reunir em fevereiro depois de ter ciência do funcionamento da máquina pública.