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Mendes promete rever atos de Taques e cortar 3 mil cargos em Mato Grosso

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Só Notícias/Herbert de Souza e Marco Stamm (foto: assessoria)

O governador Mauro Mendes (DEM) concedeu, há pouco, logo após ser empossado, entrevista coletiva em que comentou sobre os desafios da gestão que teve início hoje. Entre as medidas a serem tomadas, até fevereiro, estão a extinção de 3 mil cargos, entre comissionados, contratados e funções gratificadas, e a revisão de atos administrativos assinados pelo ex-governador Pedro Taques (PSDB). “Vamos anular um decreto que deu poderes exclusivos ao presidente da Agência Reguladora (Ager) para que fizesse nomeações de cargos de confiança. Isso é uma anomalia no serviço público. A prerrogativa é do chefe do Executivo. Decreto não é lei, podendo, portanto, ser revogado”.

Mendes adiantou ainda que vai encaminhar, na próxima semana, um conjunto de leis para a Assembleia Legislativa. “Vamos encaminhar leis que vão normatizar, de forma clara e objetiva, alguns aspectos sobre o que pode ou não fazer no âmbito da condição financeira do Estado. Todas serão encaminhadas, na segunda-feira, para protocolo. Reforma administrativa, alterações no Fethab e mudanças em alguns segmentos. Todas em conjunto”, afirmou, preferindo não adiantar detalhes sobre as medidas.

O governador também respondeu aos questionamentos sobre os atrasos em pagamentos de servidores e fornecedores do Estado. Segundo ele, o assunto ainda não foi tratado com o secretário de Fazenda, Rogério Gallo. “Por questão de ética (Gallo era procurador na gestão Taques), eu deixei de despachar. Não quis transgredir nenhuma barreira neste campo (financeiro). Então, não adiantei conversa com ele. A partir de amanhã, sentaremos e será uma das primeiras audiências que teremos, para ‘tomar pé’ do caixa do Estado. Tenho informações que a realidade é duríssima. Muito pior do que conhecemos. Faremos diagnóstico nos próximos dias”.

Mendes ainda comentou sobre as mais de 500 obras inacabadas em Mato Grosso, em especial, as da Copa de 2014, em Cuiabá. “Recebemos muitas informações, mas faltaram elementos para tomar as primeiras decisões. O principal é equilibrar o caixa. A maioria (das obras) paralisou por falta de pagamento. Teremos que ter caixa para pagar os atrasados e fazer as medições do dia a dia. Leva tempo para recompor. Não tínhamos equipe para fazer profunda avaliação durante a transição, como estágio de obras, medições, retomadas e ajustes em contratos. É um trabalho complexo e relativamente longo”.

Conforme Só Notícias já informou, Mauro Mendes é o 56° governador do Estado. Ele e o vice, Otaviano Pivetta, de Lucas do Rio Verde, chegaram ao Paiaguás com 840.094 mil votos obtidos no pleito realizado em outubro de 2018. Mendes exerceu o cargo de prefeito de Cuiabá, sendo eleito em 2012.

Antes, em 2008, disputou as eleições para prefeito de Cuiabá e, em 2010, concorreu ao comando do Estado contra o ex-governador Silval Barbosa. Foi presidente da Federação das Indústrias do Estado de Mato Grosso (Fiemt), do Sesi e Senai no período de 2007 a 2010, chegando a ser vice-presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI).

Serão secretários na atual gestão: Alexandre Bustamante (Segurança, Justiça e Direitos Humanos), Allan Kardec (Cultura, Turismo, Esportes e Lazer), Basílio Bezerra Guimarães dos Santos (Secretaria de Gestão e Planejamento), Cesar Miranda Lima (Desenvolvimento Econômico), Emerson Hayashida (Controladoria Geral do Estado), Francisco de Assis da Silva Lopes (Procuradoria Geral do Estado), Gilberto Figueiredo (Saúde), Marcelo de Oliveira, o Marcelo Padeiro (Infraestrutura), Marioneide Angelica Kliemaschewsk (Educação), Mauren Lazaretti (Meio Ambiente), Mauro Carvalho (Casa Civil), Nilton Borgato (Ciência, Tecnologia e Inovação), Rogério Gallo (Fazenda), Rosamaria Ferreira de Carvalho (Trabalho e Assistência Social) e Silvano Amaral (Agricultura Familiar).

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