A estudante Hya Girotto, de 21 anos, atropelada junto com outros dois amigos em frente a uma casa noturna na madrugada do último domingo, deve ser transferida do Pronto-Socorro de Cuiabá para o Hospital Geral Universitário. Isto porque ela precisa de uma cirurgia para desobstrução de uma artéria ligada ao coração.
Uma decisão liminar da juíza Elza Yara Ribeiro Sansão, da 3ª Vara Especializada de Família e Sucessões Públicas, determinou a transferência.
“Diante do exposto, defiro a tutela de urgência pleiteada, determinando aos requeridos que encaminhem a autora para o hospital de referência em que seja realizada a cirurgia cardíaca, o qual deverá contar com leito em Unidade de Terapia Intensiva (UTI), expedindo o necessário para a efetivação do procedimento indicado na exordial, seja na rede pública ou particular, imediatamente, sob pena de bloqueio de valores”, diz trecho da decisão.
Por meio das redes sociais, amigos da jovem fizeram uma “vaquinha” com o intuito de arrecadar dinheiro para custear despesas futuras, como tratamento psicológico e acompanhamento de um fisioterapeuta. Até hoje, R$ 1,3 mil dos R$ 10 mil pedidos já foram arrecadados.
Conforme Só Notícias já informou, Hya saiu da boate na companhia e Myllena Inocêncio, 22, Ramon Alcides, 25 anos, quando foram atropelados pela professora de biologia Rafaela Screnci, 33 anos. Myllena não resistiu e acabou falecendo.
De acordo com informações da Delegacia de Delitos de Trânsito (Deletran), a condutora da caminhonete trafegava sentido bairro-centro quando atingiu os pedestres.
Ela se negou a fazer o teste de bafômetro e foi encaminhada para o Instituto Médico Legal (IML) para fazer exames clínicos e, em seguida, conduzida para Central de Flagrantes para medidas criminais e administrativas.
A professora ganhou liberdade na última segunda-feira, após passar por audiência de custódia. Conforme decisão do juiz Jeverson Quinteiro, Rafaela deve pagar fiança estabelecida em R$ 9,5 mil. Como medida cautelar, ela teve a Carteira de Habilitação (CNH) recolhida, deve comparecer mensalmente em juízo e se recolher rotineiramente nos períodos noturnos e aos finais de semana.