A despeito das investigações do Ministério Público e do escândalo nacional que se formou em torno da Caravana da Transformação, suspeita de erros médicos e de fraudes, o coordenador-geral das ações, José Arlindo de Oliveira, classificou os resultados como “esperados” e disse que o dever foi cumprido. As declarações foram dadas no site oficial do governo do Estado junto com um balanço das atividades que consumiram R$ 48 milhões do orçamento estadual desde 2016.
“Atingimos os resultados esperados e encerramos este formato da Caravana com a certeza de dever cumprido. Foi um trabalho diferenciado, gratificante, e que contribuiu para melhorar não só a saúde, mas o nosso pensar no ser humano”, analisa Oliveira.
No balanço, o coordenador da Caravana apontou que foram percorridos 13 mil quilômetros para atender moradores dos 141 municípios de Mato Grosso com 66.337 cirurgias, sendo 52.270 de catarata, 8.240 de pterígio e 5.827 de yag laser, além de 88.174 consultas.
“Os números representam um marco na história da saúde oftalmológica que serviu também de legado a tantas pessoas que há anos viviam na escuridão e não acreditavam mais na oportunidade de voltar a enxergar”, diz trecho da avaliação sobre a Caravana da Transformação.
O Ministério Público investiga o contrato com a empresa 20/20 Serviços Médicos, de Ribeirão Preto (SP) e a possibilidade de fraude no pagamento de cirurgias não realizadas, além de possíveis erros médicos na execução das cirurgias.
A empresa e o Governo do Estado negam as irregularidades. O governo diz que “todas as informações sobre os custos com a estrutura, logística e atendimentos das 14 edições estão disponíveis no Portal Transparência do Estado.