O Instituto Gerir, que administra o Hospital Regional de Sinop, informou, ao Só Notícias, que acatará a decisão do juiz da 6ª Vara Cível, Mirko Vicenzo Gianotte, e aceitará a admissão de pelos menos 30 pacientes em situação de urgência e emergência que estão na Unidade Pronto Atendimento (UPA) esperando vagas na unidade, além de fornecer 72 leitos a serem distribuídos nas enfermarias de clínicas médicas, cirúrgica geral, ortopédica, pediátrica, Unidade de Cuidado Intensivo Adulto e na área de observação.
Segundo a assessoria, o instituto está trabalhando junto com o Estado para resolver os salários atrasados dos cerca de 400 técnicos em enfermagem e enfermeiros do hospital regional que estão sem receber salários de outubro-novembro e, por isso, paralisaram as atividades na semana passada. A folha salarial é cerca de R$ 700 mil mês.
“A UPA precisa encaminhar os pacientes mais graves para o hospital. Estamos tendo dificuldades por falta de atendimento. Já fizemos muitas ações, e fomos para Cuiabá cobrar melhorias de saúde. O município nunca deixou de atender a população, mas são especialidades que nós não temos competência, e a UPA não pode fazer cirurgias. Não estamos vendo solução, na semana passada recebemos nota informando o não recebimento dos pacientes da UPA. Não podemos deixar a unidade entrar em colapso. Então entramos com ação pedindo ajuda para a abrir a porta do hospital”, disse, na semana passada, a prefeita Rosana Martinelli.
Mirko, ao acatar o pedido da prefeitura, afirmou que os “requeridos” (instituto Gerir e o governo estadual) estão se “esquivando de sua responsabilidade no fornecimento dos atendimentos aos serviços de saúde”. Ele ainda rebateu os argumentos da administradora do hospital, de que não estaria recebendo os pagamentos por parte do Estado, lembrando que a Justiça já determinou ao governo a regularização dos débitos. Apontou também o bloqueio, feito por ele, de R$ 5,2 milhões para a regularização dos pagamentos dos prestadores de serviço e funcionamento da unidade.
Conforme Só Notícias já informou, estão mantidos 30% do efetivo no trabalho de enfermagem e 50% nos atendimentos nas Unidades de Terapias Intensivas (UTIs) e Central de Material Esterilizado.