A justiça decidiu que há indícios suficientes de autoria para mandar a júri popular o principal suspeito de matar o pintor Helton Leidson de Souza, 33 anos. A vítima foi atingida por um tiro de espingarda, nas costas, no dia 1º de janeiro, em uma residência no Jardim das Oliveiras. O homem, em depoimento à justiça, disse que alguns dias antes do crime teve uma briga com a vítima e, no dia do fato, teria passado diversas vezes na frente na casa dele, onde estava com a esposa. Ao se sentir ameaçado, pegou a espingarda e atirou, sem querer, no homem, que tentou correr, mas acabou morrendo no local.
Para a defesa, o assassinato ocorreu em legítima defesa. Já a Justiça entendeu que a tese “não merece amparo nesta fase processual”. A decisão de pronúncia considerou que “os elementos probatórios não demonstram, com a clareza necessária para uma absolvição sumária do réu, devendo a dúvida ser sanada pelo Conselho de Sentença competente (júri popular)”.
Ainda não há data para a sessão de julgamento. O réu responde por homicídio qualificado, cometido por motivo fútil e mediante recurso que dificultou a defesa da vítima.
O acusado, que tem 44 anos, foi preso, em março deste ano, em uma residência no bairro Jardim das Oliveiras, próximo de onde ocorreu o crime. Em julho, porém, a Justiça revogou a prisão preventiva e deu ao réu o direito de aguardar o julgamento em liberdade.