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Atlético Paranaense vence o Junior Barranquilla nos pênaltis e conquista a Copa Sul-americana

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Gazeta Esportiva (foto: Nelson Almeida/AFP)

Com direito a sofrimento, pênalti perdido na prorrogação e definição nas penalidades depois de empate em 1 a 1 no tempo normal contra o Junior Barranquilla, mesmo placar do jogo de ida, o Atlético Paranaense conquistou pela primeira vez o título da Copa Sul-americana ao fazer 4 a 3. O público na Arena da Baixada foi recorde, com 40.263 pessoas empurrando o Rubro-Negro, mas também vivendo muita tensão.

Impondo seu ritmo desde o começo da partida, o Furacão encontrou seu gol aos 26 minutos do primeiro tempo, com Pablo, que recebeu de Raphael Veiga e tocou na saída do goleiro para abrir a contagem. Depois do intervalo, Téo Gutiérrez, de cabeça, aos 12 minutos, deixou tudo igual.

O Rubro-Negro se junta a Internacional, São Paulo e Chapecoense como brasileiros campeões da competição e, além da vaga da fase de grupos da Libertadores da América, ainda disputarão a Recopa contra o River Plate.

Com apoio do torcedor e jogando onde mais gosta, no gramado da Arena, o Furacão começou a partida tentando impor seu rimo de jogo. O primeiro arremate, entretanto, apenas aos cinco minutos, com Nikão cobrando falta na cabeça de Pablo. O desvio quase matou o goleiro. Um minuto depois, foi a vez de Renan Lodi arriscar o tiro, direto pela linha de fundo. O time colombiano marcava mais do que em sua apresentação em casa na última semana.

Sem conseguir penetrar na defesa do Junior, o chute de longe virou a principal arma rubro-negra. Aos nove minutos, foi a vez de Cirino abrir espaço e chutar, totalmente sem direção. As equipes trocaram muitos elogios amistosos durante a semana, mas o clima não contagiou Pablo e Fuentes, que se estranhavam em campo. Estrela do adversário, Téo Gutiérrez apareceu pela primeira vez aos 12 minutos, deixando Barrera em ótima posição para arrematar, por cima da meta.

A resposta do Atlético, ainda sem ‘h’ no nome, veio aos 15 minutos, com Renan Lodi cruzando na medida pra Marcelo Cirino, que testou para o meio da área, mas sem ninguém para aproveitar. Troca de passes no ataque colombiano, aos 20 minutos, até o chute de Téo Gutiérrez, nas mãos de Santos, que defendeu sem maior problema. Renan Lodi animou o torcedor aos 23 minutos, com um petardo que obrigou Vieira a fazer grande defesa.

O gol estava amadurecendo. Até que, aos 25 minutos, Pablo, o artilheiro atleticano na temporada, recebeu lançamento de Raphael Veiga – que aproveitou falha na saída de bola do Junior – e tocou na saída do goleiro para abrir o placar e ferver de vez o caldeirão. O time de Barranquilla não mostrava a mesma qualidade do primeiro jogo, ainda que tentasse sair para o ataque. Aos 39 minutos, Sánchez cobrou falta fechada e Santos tirou de soco para salvar. Boa recuperação de Nikão, aos 46 minutos, rolando para Lucho chutar, para fora.

Para a etapa final, o Atlético retornou com Rony no lugar de Marcelo Cirino. Logo no primeiro ataque, Pablo invadiu a área e chutou cruzado, com desvio, pela linha de fundo. Aos seis minutos, Nikão cruzou para Rony, que não alcançou a bola. O troco veio dos pés de Luis Díaz, que mandou uma bomba para grande defesa de Santos. O Junior cresceu de produção e chegou ao empate, aos 12 minutos, com Téo Gutiérrez aproveitando cobrança de escanteio para testar e estufar a rede.

Mais perigo ao gol atleticano, aos 15 minutos, com Díaz, que desviou o cruzamento no meio do caminho e viu a bola passar raspando o poste. O Furacão não retornou com a mesma atenção e dava campo para os colombianos jogarem. Léo Pereira falhou, aos 20 minutos, Díaz aproveitou para dominar e chutar cruzado para boa defesa de Santos. Só dava Junior e, aos 21 minutos, Téo Gutiérrez avançou com a bola e chutou pela linha de fundo, com perigo.

Acuado, o Furacão respondeu, aos 23 minutos, em chute de Pablo, que desviou e saiu em escanteio. O contra-ataque do Barranquilla quase foi mortal, com Díaz, recebendo de Téo e batendo na rede, pelo lado de fora. Nas arquibancadas, apreensão total dos torcedores. Aos 31 minutos, Jonathan cruzou para Rony, que chegou a desviar, mas sem direção. A festa virou tensão na Arena com a mudança do panorama da partida. González recebeu, aos 38 minutos, com liberdade, chutou um pouco sem ângulo, para fora. Aos 46 minutos, Veiga cobrou falta e Nikão testou nas mãos do goleiro.

Sem definição no tempo regulamentar, o jogo foi para a disputa de prorrogação. Com o forte calor em Curitiba, além do desgaste pelo final de temporada, os dois times já mostravam estar com problemas físicos. Aos cinco minutos, Nikão tentou o desviou de cabeça, a bola ia sobrar para Rony, mas a defesa colombiana se recuperou. Díaz ensaiou uma bicicleta, aos seis minutos, para defesa de Santos. Esgotados, Pablo e Nikão deixaram o jogo, com o Furacão queimando a até a substituição extra. Aos 12 minutos, Rony cruzou para trás e ninguém apareceu para completar.

No segundo tempo, o desgaste era visível. Aos quatro minutos, González recebeu em velocidade, tentou passar por Santos e foi derrubado pelo goleiro. Pênalti anotado pela arbitragem. Na cobrança, Barrera isolou e desperdiçou uma grande chance, assim como já havia acontecido com o time na Colômbia. Aos oito minutos, Bergson chutou da entrada da área e Viera defendeu coma ponta dos dedos.

A igualdade persistiu e a definição ficou para as penalidades. Narvaéz começou as cobranças e abriu a contagem para o Junior. Jonathan também fez o dele para empatar. Fuentes carimbou a trave. Raphael Veiga, um dos destaques do Furacão, converteu. Pérez marcou o segundo dos colombianos. Bergson foi para a cobrança e não desperdiçou. Téo Gutierrez isolou. Renan Lodi, uma das revelações, mandou para fora. O goleiro Vieira cobrou e fez. Mas, Thiago Heleno marcou o gol do título histórico.

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