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Mauro não descarta manter escalonamento no pagamento de salários dos servidores

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Só Notícias/Marco Stamm (foto: Só Notícias/Diego Oliveira/arquivo)

O escalonamento do pagamento dos salários dos servidores públicos de Mato Grosso, prática comumente adotada pelo governador Pedro Taques (PSDB) quando falta recursos para honrar o compromisso com todos os funcionários dentro do mês trabalhado, não deverá acabar com o governador eleito Mauro Mendes (DEM), logo nos primeiros meses de mandato a partir de janeiro. A previsão do democrata é de dificuldade, pelo menos, em todo primeiro semestre de 2019.

“Se neste mês, grande parte dos recursos está sendo usada para pagar despesas de novembro, muito provavelmente, numa lógica simples e matemática, no mês de janeiro não tem nenhuma receita extraordinária que possa nos dar a previsibilidade da mudança deste cenário. As mudanças que serão possíveis, deverão ser construídas no médio prazo, com, no mínimo, uns seis meses. Vai ser economia centavo por centavo e cada dinheirinho economizado vai permitir, ao longo do ano, melhorar esta questão”, declarou Mendes.

O governador eleito frisou que o prazo não é uma formula matemática exata e que existe uma série de fatores para modificar os planos. “O quanto mais vai melhorar, ou quanto menos, vai depender muito da reação da economia, da arrecadação dos impostos e das respostas que estas medidas terão, principalmente no campo da elevação da arrecadação. Porque, cortar despesas, se você conseguiu cortar, no mês seguinte ela não existe mais e começa a diminuir este passivo. Agora, a receita, tem algumas variáveis de dependem da resposta da economia”, completou.

Apesar do risco de enfrentamento com os servidores e com o Fórum Sindical, Mendes foi direto e disse que não pode pagar salários sem dinheiro em caixa. Adiantou que em janeiro não pretende se reunir com os servidores, nem com outras classes, uma vez que o mês será de imersão no Governo e de estudos mais aprofundados que não podem ser feitos durante a transição. Mas se comprometeu em ter um diálogo franco e realista, mesmo que não seja favorável aos trabalhadores.

“Se alguém tiver uma solução diferente disso, alguém no estado de Mato Grosso souber de uma fórmula para pagar o salário no dia 10, ou no dia 30, sem que tenha dinheiro na conta, é só me avisar que eu vou implementar. Só paga conta com o dinheiro na conta. O Fórum vai dizer o que para mim, que vai chegar em janeiro e que eu tenho que conseguir arrumar dinheiro ou aumentar os impostos? Se o contribuinte estiver disposto a isso, eu posso até fazer, mas eu tenho certeza que elevação absurda de tributação está descartado”, concluiu.

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