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Mudança de embaixada pode afetar comércio pecuário entre Mato Grosso e Oriente Médio

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Só Notícias/Herbert de Souza (foto: arquivo/assessoria)

A intenção do futuro governo eleito do presidente Jair Bolsonaro (PSL) em mudar a embaixada brasileira, de Tel Aviv para Jerusalém, pode afetar o comércio de carne bovina entre Mato Grosso e importantes parceiros comerciais no Oriente Médio. A avaliação é do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea).

Para os analistas, a possível mudança não é vista com “bons olhos” pelos governos do Egito e do Irã, que, atualmente, compram 25,4% da carne exportada por Mato Grosso. “Dado o exposto, ainda que a medida não tenha sido tomada, cabe a atenção de toda a cadeia pecuária sobre qual será a definição diplomática deste fato”.

No acumulado de 2018 (janeiro a outubro),  os países do Oriente Médio compraram US$ 296,36 milhões de proteína bovina mato-grossense, valor que representa 33,21% das exportações do Estado.

A intenção de Jair Bolsonaro em mudar a embaixada brasileira é vista como “polêmica”. O entendimento é de que o reconhecimento de Jerusalém Ocidental como capital de Israel só deve ocorrer ao mesmo tempo em que Jerusalém Oriental for reconhecida como capital de um futuro Estado palestino. Por isso, a maioria dos países mantêm suas embaixadas em Tel Aviv, a capital comercial de Israel.

No final de novembro, o filho do presidente eleito, deputado federal Eduardo Bolsonaro, declarou que a decisão de mudar a embaixada já está tomada. “A questão não é perguntar se vai [ocorrer], a questão é perguntar quando será”, afirmou na ocasião, conforme divulgado pela Agência Brasil.

Até hoje, apenas dois países, Estados Unidos e Guatemala, decidiram mudar as embaixadas para Jerusalém

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