Algumas das 1.272 famílias do residencial Mário Raiter, entregue em junho do ano passado, estão com mais de 10 parcelas atrasadas da mensalidade do financiamento com o banco e podem ser despejadas. “Tivemos informações do Banco do Brasil que várias pessoas não estão pagando desde quando entraram. E o que vem acontecendo é que a prefeitura não tem responsabilidade com relação a cobrança já que foi feito contrato direto, e eles (banco) estão notificando para regularizar e existe risco de perderem a casa”, explicou o assessor jurídico da prefeitura, Daniel Mello. As parcelas variam de R$ 80 a R$ 270.
Segundo o assessor, as famílias que estão em atraso foram notificadas para que compareçam ao banco em até 75 dias, com risco de perderem a casa e o imóvel ser refinanciado para outra pessoa. “É uma questão contratual em caso de não pagamento das parcelas o banco pode estar retomando. A prefeitura não participa de nada, o que nós podemos fazer é orientar o pessoal a procurar o banco e pagar as pendências”.
As casas foram construídas pelo governo do Estado com contrapartida do município e banco. O investimento total no conjunto habitacional girou em torno de R$ 83 milhões. O governo federal entrou com a maior parte. O governo do Estado destinou cerca de R$ 5,6 milhões e a prefeitura com cerca de R$ 10 milhões. O residencial foi destinado para pessoas cuja renda familiar é de até R$ 1,6 mil mensais.