As fortes chuvas voltaram a atingir o Pará e deixaram o tráfego de carretas e caminhões que saem de Mato Grosso pela BR-163, com destino ao porto de Miritituba (PA), interditado. Um caminhoneiro confirmou, ao Só Notícias, que, ontem, a fila de caminhão ultrapassou 20 quilômetros no trecho entre Santa Júlia em Morais de Almeida. Os veículos só começaram a circular no início da noite.
A situação vem ocorrendo com frequência. Na quinta-feira, conforme Só Notícias já informou, o mesmo trecho, que não é pavimentado, já havia sido interditado por militares do batalhão de engenharia com apoio da infantaria do Exército para evitar formação de atoleiros. Na ocasião, o caminhoneiro Kleber Veiga de Souza, disse que carretas e caminhões ficam impedidos de trafegar toda vez que ocorre excesso de chuva.
A assessoria do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) informou, anteriormente, que os serviços de monitoramento pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) e oficiais do Exército devem ser retomados nos próximos dias. No período de estiagem foram suspensos.
“No período de chuvas intensas as obras na rodovia federal se concentraram em manutenção para garantir a trafegabilidade na rodovia. Foram realizadas ações de recomposição do revestimento primário da pista e de drenagem, além de colocação de rocha”.
Na semana passada, carretas e caminhões ficaram parados a movimentação com lentidão só iniciou depois das 23h. O maior tráfego é de carretas que saem de Mato Grosso, levando grãos até o porto de Miritituba.
Ainda de acordo com o órgão, dos 710 quilômetros da BR-163/PA, localizados desde a divisa com Mato Grosso até a entrada para o Porto de Miritituba (PA), 637 quilômetros já foram pavimentados, representando um investimento de R$ 1,9 bilhão do governo Federal.
Em fevereiro deste ano, alguns motoristas chegaram a ficar sem água para beber e preparar a alimentação após ficarem parados com carretas e caminhões carregados por mais de uma semana, em um trecho de pelo menos 50 quilômetros na rodovia federal que ainda não estava asfaltado, nas proximidades da comunidade Riozinho, cerca de 22 quilômetros de Morais Almeida, no Pará.
No ano passado, um grande atoleiro se formou no trecho da rodovia entre os municípios de Trairão e Novo Progresso e prejudicou o transporte de grãos entre os dois estados. Os caminhoneiros ficaram parados na estrada por pelo menos 10 dias formando congestionamento que chegou a 50 quilômetros.