Mato Grosso é o estado com maior incidência de febre chikungunya em todo o país, com registro de 383,7 casos a cada 100 mil habitantes, de acordo com o último Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde. A zika também está entre as maiores taxas do Brasil, com 16,9 ocorrências dentro do mesmo estrato de populacional.
Os dados do Ministério para a chikungunya, contabiliza até 3 de novembro, um aumento de 317,3% com relação ao mesmo período do ano passado. Já são 13,206 mil casos, enquanto que em 2017, foram 3.164 casos. Várzea Grande chama a atenção porque concentra mais ocorrências, com uma incidência de 5,2 mil registros a cada 100 mil habitantes. Esses números são maiores que a média nacional, de 39,1 casos para a mesma taxa populacional. Os óbitos pela doença também aumentaram em Mato Grosso. As mortes confirmadas cresceram 400%, ao saírem de 1 caso, no ano passado, para 5 neste ano. Existem ainda, 2 em investigação.
A zika também preocupa, apesar da redução de 72% no número de ocorrências. A taxa de incidência, de 16,9, também é a mais alta do país. O intervalo de contagem vai até 20 de outubro, que fechou em 566 registros. No mesmo período de 2017, foram 2 mil casos. Cuiabá está entre os municípios com maiores incidências da doença e tem um índice de 34,7, taxa que ultrapassa os dados nacionais. O país tem uma média de 3,6 casos para 100 mil habitantes, bem abaixo do índice da Capital.
A dengue, por sua vez, deixou o Estado em 7º lugar na relação de unidades com maior risco de contração da doença. Os dados analisados até 3 de novembro apontam para 187,5 casos a cada 100 mil habitantes, somando 6,455 mil registros este ano. Em 2017, foram 8,4 mil. Mais uma vez, Mato Grosso supera os números nacionais, uma vez que o país tem uma incidência de 107,4 casos.
Para tentar reduzir os números, o governo federal inicia, hoje, em todo o país, a Semana Nacional de Combate ao Aedes. O mosquito é o transmissor dos 2 vírus das doenças, além da dengue.