O tráfego de caminhões e carretas em um trecho de pelo menos 10 quilômetros da rodovia federal no trecho sem asfalto entre as regiões de Santa Júlia e Moraes Almeida, no Pará (695 quilômetros de Sinop) foi interditado, esta manhã, por militares do batalhão de engenharia com apoio da infantaria do Exército para evitar formação de atoleiros. De acordo com o caminhoneiro, Kleber Veiga de Souza, os veículos são impedidos de trafegar toda vez que ocorre excesso de chuva.
“O tráfego ‘amanheceu’ parado pelos militares. Os que não estão carregados já procuram ficar nos locais mais confortáveis para evitar pegar as filas. O rastreador da empresa mostra muitos caminhões parados na rodovia. O batalhão de engenharia está com apoio da infantaria do Exército. Quando chove eles (militares) seguram os caminhões. O maior problema no ponto que está fechado hoje é só o excesso de chuva. É um trecho de 10 quilômetros e o Exército está há mais de um ano e não conseguiu concluir o asfaltamento”, disse Souza.
A assessoria do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) informou, ao Só Notícias, que os serviços de monitoramento pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) e oficiais do Exército devem ser retomados nos próximo dias. No período de estiagem foram suspensos.
“No período de chuvas intensas as obras na rodovia federal se concentraram em manutenção para garantir a trafegabilidade na rodovia. Foram realizadas ações de recomposição do revestimento primário da pista e de drenagem, além de colocação de rocha”.
Ainda de acordo com o órgão, dos 710 quilômetros da BR-163/PA, localizados desde a divisa com Mato Grosso até a entrada para o Porto de Miritituba (PA), 637 quilômetros já foram pavimentados, representando um investimento de R$ 1,9 bilhão do governo Federal.
No último sábado, carretas e caminhões ficaram parados a movimentação com lentidão só iniciou depois das 23h. O maior tráfego é de carretas que saem de Mato Grosso, levando grãos até o porto de Miritituba.
Em fevereiro deste ano, alguns motoristas chegaram a ficar sem água para beber e preparar a alimentação após ficarem parados com carretas e caminhões carregados por mais de uma semana, em um trecho de pelo menos 50 quilômetros na rodovia federal que ainda não estava asfaltado, nas proximidades da comunidade Riozinho, cerca de 22 quilômetros de Morais Almeida, no Pará.
No ano passado, um grande atoleiro se formou no trecho da rodovia entre os municípios de Trairão e Novo Progresso e prejudicou o transporte de grãos entre os dois estados. Os caminhoneiros ficaram parados na estrada por pelo menos 10 dias formando congestionamento que chegou a 50 quilômetros.