O Tribunal de Justiça não acatou o pedido de absolvição sumária feito pela defesa do principal suspeito de atirar em Evilis Everton Caetano de Carvalho, 23 anos. A vítima foi atingida por um tiro na cabeça, em agosto de 2014. O crime aconteceu na rua dos Sinamomos, no bairro Jardim Violetas.
O jovem alegou que estava com o suspeito e mais dois amigos, quando subiu na bicicleta para ir embora. Segundo ele, “sem qualquer motivo aparente, o suspeito chegou por trás e atirou” em sua nuca. A vítima garantiu que não tinha qualquer desentendimento com o réu e que, até hoje, não sabe o motivo da tentativa de homicídio.
Em depoimento à Justiça, o acusado confirmou que efetuou o disparo de arma de fogo contra a vítima. Segundo sua versão, Evilis “vinha constantemente lhe ameaçando, e, inclusive no dia do evento delituoso teria dito “você vai morrer hoje”.
Para os desembargadores da Segunda Câmara Criminal, a tese de legítima defesa não se sustenta. “Sua versão não encontra apoio em nenhum outro elemento de prova dos autos, enquanto que a narrativa da vítima – afirmando que não houve nenhum desentendimento (grave) entre eles – é respaldada pelas declarações inquisitoriais de testemunhas presenciais”.
O réu responde ao crime em liberdade. Ele foi pronunciado e irá a júri popular por tentativa de homicídio qualificado, cometida mediante recurso que dificultou a defesa da vítima e por motivo torpe.