O Índice de Confiança Empresarial do Comércio e Serviços (Icecs) mostra que no mês de outubro, os empresários da capital continuam otimistas em relação a vendas, principalmente devido a proximidade das festas de final de ano. Já o Índice de Confiança do Consumidor (ICC), houve uma pequena variação negativa (-1%) em relação a agosto, motivada pela incerteza quanto ao cenário político e econômico do país. É o que mostra a última pesquisa realizada pela Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL Cuiabá) em parceria com o Núcleo de Pesquisas Econômicas e Socioambientais (Nupes) da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT).
Apesar do cenário pessimista dos consumidores quanto a sua situação atual, no que diz respeito a renda, observa-se uma variação positiva de 3% em relação a agosto. Os consumidores também mantêm-se otimistas quanto às expectativas relacionadas ao emprego, finanças e renda. Por outro lado, para os quesitos custo de vida e consumo, os consumidores continuam pessimistas, embora tenha ocorrido uma melhora substancial, de 12%, em relação ao esperado acerca do custo de vida.
Em relação ao Índice de Intenção de Consumo (IIC), os dados revelam que os consumidores cuiabanos retrataram que pretendem aumentar as compras, principalmente nos segmentos de tecidos, vestuários e calçados; seguido pelos produtos e serviços de saúde, higiene e beleza; recreação e lazer e educação.
No setor de Comércio Varejista Ampliado (CVA), as informações apontam que, em setembro de 2018, o saldo de empregos foi positivo, sendo gerados 170 novos postos de trabalho, enquanto que para o mesmo mês do ano passado este saldo foi negativo (-1). Já o número de admitidos e desligados em 2018 foi superior a 2017. O maior número de admissões no período analisado foi em agosto de 2018 (1.991), em contrapartida o pico de desligamentos foi em janeiro do mesmo ano (1.853).
Comparando a variação do saldo de setembro de 2018, em relação a setembro de 2017, esta foi positiva para a maioria dos segmentos econômicos em Cuiabá e no estado. Nesse período, destacam-se o aumento do saldo de empregos nas atividades de tecidos, vestuários e calçados em Cuiabá (2.050%) e no estado (565%), além de material de construção (1.250%) na capital e móveis e eletrodomésticos (196%) e artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (193%) no estado.
Por outro lado, segundo o superintendente da CDL Cuiabá, Fábio Granja, “os menores saldos do setor de comércio, para ambas as localidades, foram para os segmentos como livros, jornais, revistas e papelaria e equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação, indicando assim uma tendência de perda de postos de trabalho nestas atividades”.
Ao se analisar os dados do emprego formal no setor de serviços em Cuiabá e em Mato Grosso, observa-se uma variação positiva no saldo de empregos para a maioria dos setores, em setembro de 2018 em comparação ao mesmo mês de 2017. Na capital, destacam-se os serviços administrativos e complementares (424%), enquanto no estado transportes terrestres (956%). Por outro lado, as menores variações nesse período foram nas atividades de armazenagem, serviços auxiliares dos transportes e correio (-283%) em Cuiabá e transporte aquaviário em Mato Grosso (-700%).
A geração de postos de trabalho, em setembro de 2018, foi maior do que as demissões na maior parte das atividades em ambas as localidades. Porém, os saldos foram inferiores aos do ano passado, ocasionando uma variação negativa mensal, cujas maiores reduções foram em outros serviços (- 100%) em Cuiabá e em transporte aéreo em Mato Grosso (-300%). Em contrapartida, os maiores aumentos no saldo de empregos foram nos segmentos de serviços técnico-profissionais (409%) na capital e serviços administrativos e complementares no estado (643%).
Analisando o comportamento dos saldos de emprego do total das atividades de serviços, em comparação ao que ocorreu no total da economia, é possível notar um melhor desempenho desse setor tanto em Cuiabá quanto em Mato Grosso. A exceção ocorreu na variação do mês de setembro de 2018, em comparação a agosto para o caso do estado, cujo saldo do emprego de serviços teve uma redução de 15%, enquanto os empregos da economia em geral aumentaram em 20%.