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Advogadas, contador e mais 4 são presos por incêndio em prefeitura no Nortão; um está no presídio de Sinop

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Só Notícias (fotos: arquivo/reprodução)

A Polícia Civil informou, há pouco, que sete pessoas identificadas nas investigações do incêndio da prefeitura de Nova Bandeirantes (500 km de Sinop) foram presas, hoje, na operação Círculo de Fogo, coordenada pelos delegados Vinícius de Assis Nazário e Flávio Henrique Stringueta. São cinco presos em Nova Bandeirantes, um em Cuiabá, e outro que teve o mandado de prisão cumprido no presídio Ferrugem em Sinop. Duas advogadas, de 33  e 39 anos, um contador estão entre os presos em Bandeirantes.

O vigilante, de 51 anos, que trabalhava na prefeitura, quando houve o incêndio e que também foi preso. Uma controladora interna na prefeitura e foi presa em Cuiabá, um técnico em telecomunicações que foi contratado para por fogo na prefeitura e réu confesso do crime também teve mandado de prisão cumprido. Ele subcontratou para o serviço de um homem, de 35 anos, que está preso em Sinop e atuou junto com outro acusado que foi assassinado em maio deste ano, por ligação com o tráfico de drogas. A polícia não forneceu os nomes completos, apenas as iniciais dos presos hoje.

As duas advogadas, a controladora interna e contador da prefeitura eram investigados em procedimento interno e são apontadas como mandantes do incêndio. “Elas tinham interesse em destruir documentos e acusar o prefeito Valdir Rio Branco do incêndio, para se livrarem de um procedimento administrativo que respondiam internamente na prefeitura”, informa a assessoria da Polícia Civil. A advogada e contador estavam envolvidos em um esquema de desvio de dinheiro no pagamento de serviços diversos da prefeitura, via a emissão de Notas de Autorização de Despesas. “Seria pagamentos referentes à licitação, e outros como pagamento diárias de cursos”, disse o delegado Vinicius Assis Nazário.

Eles responderão por associação criminosa e dano qualificado por emprego de fogo. Os mandados de prisão temporária foram expedidos pelo Juízo da Comarca de Nova Monte Verde, após representação das duas autoridades policiais, nomeadas delegados especiais para a investigação.

Conforme Só Notícias já informou, o incêndio destruiu toda a prefeitura em 2 outubro de 2017, de madrugada, doze dias após a deflagração da operação “Loki”, da Delegacia Especializada em Crimes Fazendários e Contra a Administração Pública (Defaz). Mas o crime não tem nada a ver com a operação. O fogo destruiu o prédio, documentos, computadores, móveis. A intenção era destruir documentos do Departamento de Compras, local onde o incêndio iniciou.

O delegado Flávio Henrique Stringueta, disse que usaram a operação como pano de fundo para encobrir as fraudes que os ex-funcionários eram investigados administrativamente, buscando acusar o prefeito de colocar fogo na prefeitura, tanto com intuito de destruir possíveis documentos objetos da operação da Defaz, quanto o processo administrativo, a qual respondiam internamente. “Elas acreditavam que com a operação Loki e o incêndio, isso derrubaria o prefeito”, disse Stringueta. “Vamos ainda realizar algumas diligências de cunho cartorário e devemos finalizar essa investigação”, acrescentou o delegado Vinícius Nazário.

A Delegacia Fazendária informou que o incêndio não prejudicou a investigação da unidade, em razão dos documentos, de interesse da apuração, terem sidos arrecadados na ocasião dos cumprimentos de mandados de buscas.

Em instantes mais detalhes

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