O chefe da unidade técnica do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) de Juína, Evandro Selva, confirmou, ao Só Notícias, que deve ser reunir com a superintendente do órgão em Mato Grosso, Lívia Karina Passos Martins, para definir quais serão as estratégias e ações contra à invasão de ao menos 2 mil pessoas, em uma área de fazenda localizada nas proximidades do distrito Conselvan, a cerca de 11 quilômetros de Aripuanã (949 quilômetros de Cuiabá) onde está sendo extraindo ilegalmente ouro.
“Vamos definir essas e outras estratégias. Houve comunicação no Ibama da invasão na última segunda-feira pelo proprietário. Também teve denúncia de crime ambiental e de extração ilegal na região da empresa responsável pelas pesquisas de minérios da área. Esse encontro com a superintende é para tratar das ações que podem ser feitas. Temos o apoio da Força Nacional, mas tudo indica que não devemos assumir essa tarefa de desocupação. O que apuramos, até agora, é que a área é particular. Por isso, essa ação deve declinar como competência estadual e não federal”, explicou Selva.
O Departamento Nacional de Produção Mineral já confirmou que foi notificado no dia 30 do mês passado, sobre a invasão na área de fazenda. De acordo com a assessoria, as providências necessárias já foram tomadas com acionamento do Ministério Público Federal e da Polícia Federal. Nós próximos dias será montada operação contra os invasores. Não houve confirmação de quando poderá ocorrer a retirada dos garimpeiros. Eles poderão responder por crimes ambientais, usurpação de bem público, extração ilegal de minério sem título autorizativo, invasão do título mineral e exploração de matéria-prima da União sem autorização legal.
A Polícia Federal já havia sido acionada para investigar a invasão da área pela secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp). O garimpo é de competência do governo federal, mas a secretaria reforçou o efetivo da Polícia Militar na região, incluindo policiais da Força Tática de Juína para monitorar a situação e prevenir possíveis ocorrências.
A versão investigada é que a área estava sendo explorada apenas por dois homens que descobriram a riqueza. Porém, eles acabaram se desentendendo, divulgando imagens nas redes sociais e atraindo centenas de pessoas para o local.