O julgamento do deputado estadual Guilherme Maluf (PSDB) pelo pleno do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, marcado para ontem, não foi realizado. As demais pautas atrasaram e os desembargadores decidiram não apreciar o processo que pode tornar o parlamentar réu por envolvimento em esquema de desvio de dinheiro na Secretaria de Estado de Educação (Seduc) revelado em 2016 pela Operação Rêmora, que aponta um desvio de R$ 56 milhões na pasta.
Esta é a segunda vez que o julgamento da denúncia oferecida num inquérito de 113 páginas confeccionado pelos promotores do Gaeco e Naco é adiado. A primeira tentativa foi no dia 25 de outubro, mas a falta de quórum, incluindo a ausência do desembargador relator, Rondon Bassil, não permitiu a análise. A terceira tentativa de julgamento deve ser realizada na próxima sessão, dia 22.
Conforme Só Notícias já informou, Maluf é acusado de integrar a liderança da quadrilha que é suspeita de desvio na Seduc, de peculato e de corrupção ativa e passiva. Os promotores sustentam que o deputado recebeu R$ 40 mil em propina e ainda utilizou o seu motorista, Milton Flávio Brito de Arruda, que será julgado no mesmo processo, para coagir testemunhas.
A decisão do Pleno será tomada poucos dias pós a homologação da delação premiada do empresário Alan Malouf, primo do deputado, que revela em detalhes os esquemas na Seduc e que diz ter pagado propina a Maluf.