O ex-secretário adjunto da Secretaria de Transportes e Pavimentação Urbana de Mato Grosso Valdísio Juliano Viriato, fechou acordo de delação premiada com o Ministério Público Estadual (MPE), fatos relatados na ação penal oriunda da 5ª fase da Operação Sodoma quando foram desvendadas fraudes em licitação, desvio de dinheiro público e pagamento de propinas, realizados pelos representantes da empresa de combustíveis e de serviço tecnológico e informática na gestão do ex-governador Silval Barbosa.
A revelação sobre nova delação consta no pedido do próprio MPE, que solicitou ao juiz Jorge Luiz Tadeu Rodrigues ato de anexar aos autos a cópia do termo de acordo de colaboração premiada, “visto que nos autos consta apenas o anexo relativo aos fatos objeto da ação penal”, diz trecho do pedido. Diante da colaboração, o próprio ex-secretário solicitou que fosse dispensado das audiências com testemunhas, “ressalvando que o acusado comparecerá perante este juízo para ser interrogado no dia designado. Requereu, ainda, a homologação da desistência das testemunhas arroladas na resposta à acusação”. Valdísio Viriato será interrogado no dia 12 de dezembro.
Conforme o Ministério Público, a organização criminosa liderada pelo ex-governador Silval Barbosa teria cobrado propina de empresários, entre os anos de 2011 e 2014, para fraudar licitações e manter contratos de fornecimento de combustível, para a frota do governo do estado, e com uma empresa de informática.
Ao todo, o grupo teria, segundo o MPE, desviado R$ 8,1 milhões das secretarias de Administração, e de Transporte e Pavimentação. Na ação penal da Sodoma 5, são réus (além de Viriato), Silval, os ex-secretários estaduais Francisco Faiad, Cesar Zílio e Pedro Elias; o ex-chefe de gabinete Silvio Cesar Corrêa Araújo, o ex-secretário adjunto de Administração, José de Jesus Nunes Cordeiro, empresários e servidores.